Vídeo: Audi TT 2015 evolui esportividade

Esportivo alemão de 230 cv acelera de 0 a 100 km/h abaixo dos 6 segundos

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Marcelo Monegato
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Fato: não existe fórmula mágica ou receita de bolo que faça um carro ser divertido ao volante. A verdade é que alguns modelos simplesmente nascem, são concebidos nas pranchetas de designers e engenheiros, com o dom de arrancar sorrisos de quem cultiva o prazer de acelerar. Este é o caso, por exemplo, do novo Audi TT Coupé 2015, já no mercado brasileiro com preços que partem de R$ 209.990.

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O pequeno mito criado pela marca alemã de Ingolstadt em 1998 chega a sua terceira geração com motor 2.0 TFSI (quatro cilindros e injeção direta de combustível) de 230 cv de potência e 37,7 kgf.m de torque. A transmissão é a automatizada S Tronic de dupla embreagem e 6 velocidades, e a tração, dianteira. Convenhamos: nada demais!

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Mas ao volante, o TT é, sim, demais! Sugere esportividade. Transpira esportividade. E entrega esportividade. A aceleração de 0 a 100 km/h que acontece em apenas 5,9 segundos e a velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente). E muito desta desenvoltura se deve ao fato deste ‘foguetinho’ de 4,17 metros de comprimento e apenas 1,35 metro de altura pesar enxutos 1.335 quilos – 50 kg mais leve que a geração anterior graças a uma carroceria concebida com três tipos de alumínio e cinco de aço de alta resistência.

Do estilo ao temperamento

Gosto não se discute, mas questionar a beleza de um TT pode estar diretamente relacionado ao péssimo humor de quem olha. O Audi é bonito. Suas linhas deixaram de ser arredondadas e ganharam ângulos, se apossando parte do sucesso feito pelo R8. Destaque para as rodas de liga leve de 19 polegadas (pneus 245/35 R19) e para a dianteira mal-encarada formada pela ampla grade frontal (formato de trapézio – característico da marca) e os faróis afilados com iluminação diurna Full Leds.

Entrar no TT pode ser um exercício para contorcionista se o motorista for um grandalhão com mais de 1,80 metro de altura. Como todo esportivo, posição baixa ao volante é uma obrigação, e o Audi cumpre tal premissa, transmitindo a sensação de estar sentado no chão. O banco tipo concha (revestido em couro/Alcântara), tipo competição, é confortável e tem todos os ajustes elétricos – inclusive de altura. A coluna de direção também ajuda, com regulagens amplas de altura e profundidade. Apesar das dimensões internas acanhadas, é fácil de ajeitar.

Enquanto o motor adormece, o interior do TT é comum. Mas basta apertar o botão (chave é presencial – precisa estar apenas no interior do carro) para esta primeira impressão desaparecer. O painel de instrumentos ganha vida com sua tela de TFT de 12,3 polegadas. Por intermédio dela, chamada de Virtual Cockpit, todas as informações do veículo, que seriam normalmente transmitidas por uma tela de central multimídia sensível ao toque, dividem de maneira harmônica espaço com conta-giros e velocímetro. A função que mais chama a atenção é a de navegação por GPS, que pode assumir todo o espaço da tela, deixando os leitores menores. Impressiona. E atrai olhares de quem está do lado de fora do carro...

Acelerar o TT surpreende. Para quem imagina um carro xucro, de reações intensas a qualquer momento, se impressiona com seu lado dócil. Sem abusar do acelerador, o Audi é um bom companheiro para um passeio. A suspensão consegue trabalhar de maneira suave, sem batidas secas. E até o ronco do motor não invade a cabine de maneira irritante – chega a ser tão confortável quanto um Mini Cooper.

Em termos de condução, o Audi traz a tecnologia Drive Select (apenas na versão topo de linha Ambition, que custa R$ 229.990), sistema já consagrado na marca alemã que, a partir da seleção do motorista por intermédio de um botão, o carro define parâmetros para as respostas do acelerador e da transmissão, a carga da caixa de direção e também o nível de intervenção do controle de estabilidade. São cinco ao todo: Efficiency, Comfort, Auto, Dynamic e Individual (este último permite que o motorista faça a combinação preferida de motor/câmbio, direção e sim do motor). Na primeira função, que visa rodar de maneira econômica, gastando o mínimo de combustível, o sistema start-stop entra em funcionamento.

Como se trata de um esportivo, selecionamos o Dynamic logo após alguns quilômetros de intimidade para saber do que o alemãozinho é capaz. A mudança de comportamento não é absurda, mas é facilmente sentida. A começar por toda a sensibilidade do carro. Tocar o pedal de direita um pouco mais forte, já com segundas intenções, faz o TT responder imediatamente com intensidade. O torque aparece logo a 1.600 rpm e a velocidade sobre com vigor. Antes suaves, as trocas de marchas passam a ser sentidas. E a cada mudança, um ‘estouro’ no escapamento no melhor estilo subwoofer.

A direção direta confere agilidade nas mudanças de direção. É batido, mas não dá para não comparar o TT a um kart. Apesar de saber que se algo sair do normal os controles de estabilidade e tração estão ali para ajudar, o ‘pequeno’ é extremamente comportado, não dando sinais de traseira nem de frente. É verdade, porém, que uma tração integral quattro o deixaria ainda mais nos trilhos. Quem sabe para a próxima geração.

Muitos devem estar se questionando sobre o fato de o TT não ser um Volkswagen Golf GTi valorizado por uma carroceria Audi. Realmente o conjunto mecânico é o mesmo, com algumas diferenças pontuais que fazem o Volks ser 10 cv menos potente e somente 2 kgf.m mais fraco. No entanto, inúmeros outros fatores fazem com que o Audi tenha uma esportividade superior. Para se ter uma ideia, o Golf demora 6,5 segundos para chegar aos 100 km/h e a velocidade máxima sem limitação eletrônica, é de 244 km/h.

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