Saveiro Surf aposta em estilo e custo-benefício

Bom pacote de equipamentos e dinâmica são pontos fortes da picape


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A Saveiro sofre no mercado. Mesmo oferecendo bons equipamentos e um conjunto mecânico de qualidade (já consagrado no Gol), ela ainda vende menos que a metade de sua arquirrival, Fiat Strada. Em fevereiro deste ano, por exemplo, foram 8.735 picapes da Fiat contra 4.803 da Volkswagen, segundo dados da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

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Mesmo com números interessantes – vende o dobro se comparado à ultrapassada Chevrolet Montana –, a Volks quer ganhar ainda mais espaço no mercado resgatando um nome já conhecido da Saveiro, a série especial Surf - a primeira Saveiro Surf apareceu em 2008, na quarta geração da picape.

Sem muito alarde, as vendas começaram no início deste ano (2015). A partir de R$48.050, a Saveiro Surf é ofertada apenas com cabine simples, mas o pacote de equipamentos é bem generoso. De série, ela vem com sensor de estacionamento, bancos revestidos em couro sintético, rodas de liga leve de 15 polegadas, ar condicionado, banco e volante com regulagens de altura e profundidade, faróis de neblina e suspensão elevada.

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A unidade avaliada pelo WebMotors ainda tinha como opcionais a capota marítima e o conjunto multimídia, que inclui volante multifuncional e rádio com conexão bluetooth, fechando a conta em R$ 50.838. Salgado? Com nível de equipamentos compatível, a versão Trendline, única disponível com cabine simples assim como a Surf, sairia por R$ 52.583, mas sem opção do bancos em couro. Uma Fiat Strada com itens semelhantes à dela e cabine simples custa R$ 48 mil, também sem bancos em couro e com motor 1.4 de 86 cv – contra motor 1.6 de 104 cv da Saveiro.

GOL COM CAÇAMBA

No segmento de picapes, o conjunto dinâmico e mecânico da Saveiro é imbatível. Na Surf, o motor é o 1.6 8V de 104 cv (etanol) e 101 cv (gsolina). Os bons 15,6 kgfm (e)/15,4 kgfm (g) de torque surgem cedo, logo aos 2.500 rpm, garantindo força e agilidade tanto em arrancada quanto em retomada. O câmbio é o manual de cinco marchas e tem engates curtos e precisos.

A suspensão merece atenção especial. Mesmo elevada em 27 mm – 18 mm nas molas e 9 mm dos pneus 195/55 –, ela roda com o conforto e a estabilidade de um Gol. A semelhança com o hatch, aliás, é sentida também dentro da cabine. O desenho é idêntico. A posição de dirigir, mesmo com o banco na regulagem mais baixa, é um pouco mais alta que no hatch pelas limitações da cabine. Ainda assim, se não fosse o ruído um pouco mais alto por conta da janela corrediça traseira colada nos bancos, seria fácil duvidar se está dirigindo a picape ou o hatch. E isso é muito bom.

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FORMA E FUNÇÃO

Além das rodas de 15 polegadas, a Saveiro recebe adesivos da versão Surf nas laterais e na tampa da caçamba. A cabine simples completa os diferenciais externos da picape e, por isso, é útil para o que a versão se propõe. Com 824 litros, ela é bem receptiva. Uma prancha de surfe mede, em seu tamanho mais comum, 2,21 m de comprimento. A caçamba da Saveiro tem 1,65 m de comprimento, então você precisaria apoia-la no santo-antônio exclusivo da configuração, posicionado em cima do teto. Uma bicicleta de adulto já caberia sem nenhum problema.

Não é preciso, no entanto, ser nenhum aspirante a Kelly Slater ou Tony Hawk para ter uma Saveiro Surf. Mesmo com os adesivos, ela não se torna uma versão especial que você percebe quando passa do outro lado da rua. As mudanças são precisas e discretas. E o mais importante: deixa um ótimo carro mais em conta. Sem exageros, a Surf pode ser uma arma vital para que a Saveiro ganhe folego para diminuir o espaço entre ela e a Fiat Strada.

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