Peugeot 3008 é interessante, mas


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Ricardo Sant'Anna
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O 3008 ganhou uma nova cara em 2014 e recebeu mudanças tão cirúrgicas que é difícil percebe-las logo de cara. O tapa no visual chegou em boa hora, já que o modelo prepara terreno para chegada do seu irmão caçula, o utilitário compacto 2008 – jipinho que será fabricado pela Peugeot em Porto Real (RJ) e chega até o final do primeiro semestre. O que o 3008 não sabe é que o mais novo irá incomodar as suas já acanhadas vendas.

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Antes disso acontecer, resolvemos avaliar as virtudes e falhas do 3008. Entre numa concessionária Peugeot e veja o preço do 3008, é o suficiente para assustar. O crossover francês parte de R$ 106.590, o que demonstra que sua concorrência é com modelos como Honda CR-V e Hyundai ix35. Destes dois, porém, o Peugeot é muito diferente.  


São 4,36 m de comprimento e 1,83 m de largura e uma forma, digamos, pouco convencional. O modelo é uma mistura de utilitário esportivo com minivan. Não tem linhas de jipinho, mas mantém uma posição alta de dirigir, um dos itens que mais encanta quem busca um SUV. É de fato um modelo de personalidade. As mudanças visuais foram bem sutis em relação ao modelo que desembarcou no Brasil em 2010 e o que se destaca está na dianteira.


A antiga grade em formato de colmeia deu espaço à uma peça de filetes horizontais, enquanto o farol parece menor graças a um novo vinco em sua parte inferior. Embora seja uma reestilização, essas pequenas perfumarias o deixaram alinhado ao desenho dos novos modelos da marca, como 208 e 2008. As rodas de 17 polegadas também são novas.


Na traseira, as modificações são bastante discretas, já que para-choque e lanternas mantiveram as mesmas linhas. A novidade está na iluminação feita com leds, com desenho bastante marcante durante a noite. No mais, o 3008 repete as mesmos acertos e erros já conhecidos. Sob o capô, também não há novidades e lá está o eficiente motor 1.6 16V THP, desenvolvido em parceria com a BMW, capaz de render 165 cv de potência a 6.000 pm. Louvado seja o turbo, que faz com que o 1.6 ofereça 24,5 kgfm de torque logo a 1.400 rpm.


O motor cai muito bem no Peugeot que não deve em desempenho no circuito urbano, onde o câmbio automático de 6 velocidades trata de trocar as marchas com trancos bem leves. Aqui faltam dupla embreagem e borboletas atrás do volante. A única opção de troca é pela alavanca, onde há também o modo Sport. O mais divertido é brincar com o torque do Peugeot, que garante arrancadas divertidas para um modelo tão grande. O 3008 vai de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e a velocidade máxima é de 202 km/h.


Enquanto a direção elétrica é mole até demais para quem busca uma direção mais agressiva – algo pouco procurado num modelo como este -, a suspensão dá conta do conforto e emite uma batida seca em alguns buracos. Os cinco ocupantes viajam com amplo espaço para pernas e cabeça, além de cintos de segurança de três pontos para todos. Quer segurança? Então saiba que o crossover francês oferece 6 airbags.


É já que nasceu com o propósito de ser um modelo familiar, o 3008 não decepciona. O porta-malas transporta nada menos do que 512 litros de bagagem e tem uma interessante divisória, que pode ser posicionada de várias formas. Além da tampa que abre para cima, parte do para-choque também se abre, o que facilita muito o acesso de bagagens grandes. Por dentro ainda há uma série de porta-trecos e um gigantesco teto panorâmico.


Com versão única Griffe, o 3008 é uma opção para quem não busca os carros da moda e privilegia espaço e condução divertida. Embora grandalhão, o Peugeot é muito bem acertado tanto em desempenho como em conforto. Resta saber se é um SUV ou uma minivan. Não quer errar? Diga que você tem um crossover.​

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