O que muda no novo Chery Tiggo

SUV tem novidades estéticas, mas conviverá com antiga geração e terá sombra da nova, já mostrada no mercado chinês


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Daniel Magri
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Primeiro modelo a ser importado pela chinesa Chery no Brasil, o Tiggo passa a ter sua nova geração comercializada no País por R$ 51.990. Nova para o mercado brasileiro, é bom que se diga, pois a cara do jipinho que passará a rodar por aqui já é conhecida desde setembro de 2010, quando foi mostrada na China.

 

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No mercado chinês já foi revelada a nova geração de fato do modelo, batizado como Tiggo 5. E por que não trazer já a grande novidade para cá? A marca justifica que é um procedimento padrão de sua matriz. A empresa lança os carros por lá e só depois de dois anos passa a exportá-los para outros mercados. Há ainda, segundo a Chery, uma demora nos processos de homologação no Brasil.

 

Isto posto, vamos ver agora o que mudou no Tiggo disponível no mercado brasileiro.

 

Design

 

As mudanças no visual do Tiggo são marcantes e mostram uma clara evolução em relação a seu antecessor – que continua a ser oferecido com preço mais baixo: R$ 47.990. Na dianteira, o capô ficou mais curto e o para-choque foi ampliado, fundindo-se à carroceria com linhas harmônicas e contornando o conjunto ótico. Os novos faróis, alongados e com iluminação mais eficiente, remetem a um diamante lapidado e trazem luzes diurnas de LED.

 

Na traseira, destaque para as lanternas, com lente do tipo cristal e iluminação por LEDs, a capa do estepe, que ganhou uma parte preta e a inscrição “Chery”, e o brake light nas extremidades do para-choque, em formato retangular.

 

O interior conta com novo painel, console central, volante, manopla de câmbio, bancos e revestimento. Entre as tecnologias de destaque estão as novas luzes diurnas com LED, display com bússola, altitude e pressão atmosférica no espelho retrovisor, sensor de ré com display de distância e controle de áudio no volante.

 

Apesar de trazer materiais mais simples, o acabamento não é dos piores. As peças são bem encaixadas e o desenho agrada. O modelo também apresenta bom espaço interno e conforto, inclusive para quem vai no banco traseiro. Outro ponto positivo é o espaço do porta-malas, com capacidade para 435 litros (pode chegar a 818 litros com o assento traseiro rebatido).

 

Impressões

 

Por restrições de circulação, nosso primeiro contato com o Tiggo foi um pouco limitado. Pudemos rodar com o modelo apenas em um kartódromo na cidade de Itu. Contudo, foi possível notar que o modelo se sai bem nas curvas, mesmo com o volante apresentando um curso mais longo. Se o pedal do acelerador é mais solicitado e a velocidade aumenta, a carroceria “rola” demais, mesmo com o modelo contando com barra estabilizadora na traseira. Mas nada fora do normal para um veículo deste tipo, que apresenta centro de gravidade mais alto.

 

Sob o capô, nada muda. O motor é o mesmo 2,0L 16V ATECO, a gasolina, capaz de entregar 138 cavalos, 3 cv a mais que o do modelo anterior, com torque de 18,2 kgfm. Segundo Luis Curi, vice-presidente da Chery no Brasil, uma versão flex já está em desenvolvimento na matriz, mas ainda não tem data para chegar.

 

O câmbio do Tiggo é manual, de cinco velocidades e tem encaixes regulares. Nada que comprometa a condução do veículo. Uma versão com câmbio automático foi confirmada pelo executivo, que não quis cravar uma data de chegada.

 

Mercado

 

O Chery Tiggo se encaixa em uma categoria bastante disputada no mercado brasileiro. Entre seus concorrentes estão o recém-chegado Lifan X60, Citroën Aircross, Renault Duster e Ford Ecosport. Para se destacar nesse meio, como todo bom chinês que se preza, o Tiggo vem com uma lista de equipamentos recheada, que inclui freios com ABS e EBD, airbag duplo, ar-condicionado, direção hidráulica, rádio com CD player e entrada USB, volante com regulagem de altura, trio elétrico, ajuste elétrico da altura dos faróis, rodas de liga leve aro 16, volante com comandos de áudio e rack de teto.

 

A Chery espera comercializar 350 unidades do Tiggo por mês. Uma expectativa tímida? Segundo os executivos da marca, não. Eles preferem ser conservadores nesse sentido do que partir para números mais agressivos e não conseguirem atender a demanda. Há também a limitação da cota do Inovar Auto, enquanto a fábrica da marca no Brasil não começar a operar. O que está previsto para janeiro do ano que vem.

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