Lamborghini tem 4 motores e se conserta sozinho

A Lamborghini revelou o seu novo carro-conceito e ele não é uma prévia do sucessor do Aventador, hoje o modelo mais caro e potente da marca italiana de supercarros. Na verdade, o exótico e super tecnológico Terzo Millennio é um laboratório sobre rodas desenvolvido em parceria com cientistas do famoso MIT (Massachusetts Institute of Technology), dos Estados Unidos, que propõe antecipar, ao menos em parte, como será o "carro do terceiro milênio".

O Terzo Millenio é um esportivo 100% elétrico com tração integral, equipado com um motor para cada roda e que traz chassi superleve, de fibra de carbono, o que não é uma novidade em automóveis da Lambo. O detalhe é que, segundo a fabricante, os próprios painéis da carroceria são responsáveis por acumular a eletricidade necessária para fazer o carro acelerar, no lugar de pesadas e volumosas baterias convencionais.

O segredo para isso é a utilização de nanotubos de fibra de carbono, que permitem serem moldados em diferentes formatos e ficam posicionados entre as camadas externa e interna da carroceria, como um sanduíche. O detalhe: de acordo com a Lamborghini, o material com o qual os painéis são feitos é regenerativo, feito com material químico especial e nanotecnologia para corrigir por conta própria pequenas fraturas e rachaduras - tudo isso sem o risco de alguém ser eletrocutado em uma eventual batida, diz a Lambo.

A marca não informa números de potência e torque, que certamente são elevados, tampouco de peso e autonomia, enquanto toda essa tecnologia de nanotubos também traz a vantagem de fornecer picos altos de energia de forma instantânea, como seria desejável em um superesportivo.

Futurista, a carroceria segue o conceito de priorizar a função sobre a forma, dispensando rebuscamentos de estilo desnecessários: todo o desenho é voltado para focar a eficiência aerodinâmica e o baixo peso, lembrando bastante a proposta do Aston Martin Valkyrie - o desenho com a cabine projetada, como uma bolha de caça supersônico, é bem semelhante.

As rodas trazem um tipo de recurso, não detalhado, que as ilumina à noite, formando um complemento para o conjunto ótico dianteiro de LEDS, com faróis minimalistas que lembram os de outro conceito totalmente elétrico do Grupo Volkswagen, o Mission E, da Porsche - que em 2019, aliás, vai dar origem a um modelo produzido em série.

A Lamborghini e o MIT não arriscam dizer quando todas essas avançadas tecnologias vão estar presentes em um modelo comercial da marca italiana, limitando-se a dizer que algumas delas já estão próximas de produção em escala industrial, enquanto outras são mais experimentais e artesanais. Com certeza será durante o terceiro milênio, que aliás, está em curso e acaba em 31 de dezembro do ano 3.000.