Usado Novo: perto do fim, Logan ainda é boa opção

Sedã da Renault resiste entre os zero km com duas versões, mas sobressai entre os usados por ser confiável e espaçoso

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Lucas Cardoso
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Tudo indica que o Renault Logan deve deixar o mercado brasileiro ainda este ano. Depois de uma série de rumores, o três volumes lançado em 2007 e atualizado em 2013 sobrevive atualmente apenas em duas versões, e deve dar lugar ao novo SUV compacto da marca francesa.

O Logan se tornou o queridinho de taxistas, frotistas e motoristas profissionais, mas muito antes disso o três volumes - que nasceu Dacia e virou Renault - conquistou a simpatia de uma legião de fãs. É o típico caso de carro com custo-benefício inquestionável. Sempre teve preço competitivo, e com ele vinham robustez, ótimo espaço interno e um porta-malas excelente (mesmo com cilindro de GNV).

Renault Logan F1 (2)
O Renault Logan continua sendo uma boa opção de compra mesmo perto de sair de linha
Crédito: Divulgação
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Ver todos esses atributos em um mesmo automóvel não é algo tão comum - ainda mais com preço razoável. Tudo bem que o primeiro Logan passava longe da beleza, mas pelo menos o carro melhorou muito nesses quesito ao longo do tempo.  O "segundo" Logan já era mais simpático, e o atual é até elegante.

Motores resistentes

O Logan chegou ao país com duas opções de motores, ambos com quatro cilindros e aspirados - 1.0 16V, que rendia 80 cv de potência e 10,5 kgf.m de torque, e 1.6 8V, de 106 cv e 15,5 kgf.m.

Nessa primeira linha, em ambos os conjuntos, havia apenas a opção do câmbio manual de cinco marchas. A primeira versão sem o pedal de embreagem só foi inserida no ano seguinte, em 2014. A transmissão ainda era do tipo automatizada e foi batizada de Easy'R. Assim como muitos outros automatizados da época, não foi lá um sucesso. O câmbio automático, mesmo, só veio em 2019, e na forma de um CVT.

Renault Logan F2 (2)
Na traseira arrebitada, o porta-malas gigante - com capacidade para acomodar até 510 litros
Crédito: Divulgação
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Mecânica conhecida

Confiável, a parte mecânica se manteve praticamente igual até 2016, quando os dois motores foram atualizados e assumiram a nomeclatura SCe. A novidade trouxe um ganho de potência e eficiência. Com isso, o 1.0 saltou para 82 cv e o 1.6 foi para 118 cv.

Na prática, o número baixo de mudanças na mecânica do sedã fez com que o modelo se tornasse conhecido e de fácil manutenção. Dado que o modelo segue em produção e à venda, as peças continuam circulando no mercado, o que ajuda ainda mais a vida do proprietário.

Sedã espaçoso

Outro ponto forte do sedã era - e continua sendo - o espaço interno. O Logan tem 4,39 m de comprimento, 1,73 m de largura e 2,63 m de entre-eixos. Ou seja, tamanho não é um problema. A sensação de amplitude é bem perceptível na cabine. Para completar, o três volumes acomoda 510 litros de porta-malas. O suficiente para instalar um cilindro de GNV e ainda sobrar espaço.

Renault Logan F3 (2)
O interior do sedã é espaçoso e, dependendo da versão, tem até central multimídia com GPS
Crédito: Divulgação
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O visual é outro elemento favorável ao Logan. Não é que o modelo seja um primor de beleza, mas atualmente tem linhas bastante agradáveis, mesmo se comparado a modelos lançados nos últimos anos. O design grandão e volumoso reforça a ideia de robustez.

Pé de boi de série

À época de seu lançamento, a segunda geração do sedã tinha uma lista de equipamentos de série bem básica, praticamente resumida a itens obrigatórios (ABS, airbags frontais) e ao que chamamos de "pacote dignidade" - coisas como ar-condicionado e direção hiudráulica.

Nas versões mais completas, como a Dynamique 1.6, o modelo adicionava acabamentos externos cromados, faróis de neblina, sensores de estacionamento traseiro, direção, trio elétrico, piloto automático com limitador de velocidade e rodas de liga leve. No interior, havia ainda central multimídia e volante multifuncional.

Já nos modelos atuais (desde 2020), o Logan mais completo vem com airbags laterais e frontais, luzes de rodagem diurnas (DRLs), controles de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa, além de outras melhorias. Isso tudo prova que o sedã não ficou tão parado no tempo.

Renault Logan F4 (2)
Os motores do sedã passaram a ser da família SCe em 2016
Crédito: Divulgação
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Vale bastante

Mesmo perto do fim, o Renault segue como uma boa opção entre os sedãs compactos. Especialmente pelo custo-benefício encontrado nos modelos usados e seminovos. Apesar de ter a maioria de sua frota bem rodada, é possível achar carros com baixa quilometragem e bom estado de conservação.

Os preços, abaixo do cobrado por modelos subcompactos zero, e também inferiores aos dos concorrentes contemporâneos de mesmo nível, também são um atrativo. No estoque da Webmotors, por exemplo, encontramos uma série de unidades bem cuidadas e com preços bacanas. Os modelos selecionados, inclusive, estão com valores abaixo dos apontados na tabela Fipe.

O primeiro modelo que encontramos é uma unidade de único dono, versão Life 1.0, ano 2020, com câmbio manual e apenas 18 mil quilômetros rodados. Pela condição de seminovo, o proprietário do Rio de Janeiro pede R$ 48.990, ou cerca de R$ 6 mil abaixo do sugerido pela Fipe.

Apesar de não ser da versão topo, o modelo tem rodas de liga, vidros elétricos e rádio MP3 instalado pelo proprietário.

A outra unidade que encontramos é da versão Zen 1.6, com câmbio manual, ano 2020, e pouco mais de 36 mil quilômetros rodados. Também anunciado no Rio de Janeiro, o Logan único dono tem DLRs, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e multimídia. Para se desfazer do sedã, o proprietário pede R$ 54.990. O valor está cerca de R$ 3 mil abaixo da Fipe.

Por último, encontramos uma exemplar versão Iconic 1.6 CVT, que rodou por pouco mais de 37 mil quilômetros. Completo, o modelo é anunciado pelo proprietário de São João de Meriti (RJ) por R$ 62.990. Segundo o anúncio, é carro de único dono, com todas as revisões feitas em concessionária e condição impecável. O valor pedido está pouco mais de R$ 7 mil abaixo da Fipe.