Jeep Renegade é o rei do 4x4 entre SUVs compactos

Aceleramos a linha de jipes com tração 4x4 em dunas entre o Ceará e o Piauí e provamos que mesmo flex o Renegade dá show

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André Deliberato
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Um dos "medos" de trilheiros e fãs de jipes era de que o Jeep Renegade pudesse perder seu poder aventureiro quando deixou de oferecer motor a diesel no começo do ano passado.

Sem chance. O carro é valente, mesmo com motor flex. Posso dizer sem medo: na semana passada, avançou por trechos imersivos e pesados de off-road - por dunas entre o Ceará e o Piauí - sem fazer feio, ao lado das versões mais capazes do Compass, Commander e até de Wrangler e Gladiator.

Sim, por conta disso, podemos dizer que o Renegade é o legítimo rei do 4x4 entre SUVs compactos. Afinal, não há outro capaz de fazer o que ele fez - considerando que o Suzuki Jimny não se enquadra nessa categoria por ser bem menor.

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E é sobre isso e sobre mais detalhes técnicos legitimamente lameiros que vamos falar por aqui. A equipe da Webmotors participou do Jeep Destinos e conta, nesse texto, como foi a aventura.

Jeep Renegade: o maioral no 4x4

Calma. Vamos repetir a informação: o Renegade é o melhor SUV compacto para quem precisa de um carro com tração 4x4 capaz de encarar trechos de off-road pesados, com lama, areia e essas coisas.

Não estamos dizendo que ele é o melhor SUV compacto no geral. Até porque isso, como sempre falamos, depende muito do que você precisa, para onde você costuma ir com o carro, sobre quantas pessoas você tem hábito de levar e uma série de outros aspectos.

Para quem só roda na cidade e sempre leva a família toda, por exemplo, é melhor investir em um SUV com porta-malas maior. Mas não é sobre isso que vamos falar hoje.

O tema é Jeep Renegade e suas capacidades off-road com o conjunto 1.3 T270 turboflex, tração 4x4 e câmbio automático de nove marchas. Acreditem, vocês vão se surpreender.

Jeep Destinos, dia 1

Chego em Jericoacoara (CE). Saindo do pequeno aeroporto local, embarco em um Jeep Compass até o local do almoço, em uma praia da região, e saímos.

A região de Jericoacoara sempre teve a histórica fama de só conseguir ser acessada por carros 4x4. Talvez o lance não seja tão literal como antigamente. Ou talvez seja.

Todos os táxis e Ubers da saída do aeroporto eram carros 4x4, em sua maioria Toyota Hilux e SW4.

O caminho até o restaurante não assusta, até porque o maior trecho fora do asfalto que pegamos foi de areia batida e de areia da própria praia, relativamente baixa e não muito macia.

Aliás, os carros estavam com calibração de pneu menor do que o pedido no manual (de 35 para 20), justamente para que a área de contado da borracha com o solo fosse maior.

Bastante usada por trilheiros e adeptos do off-road, essa é uma estratégia que dá muito resultado. Para se ter ideia, carros de rali chegam a rodar com a calibração de 5 bar, quase murcho, para aumentar a área de contato do pneu com o chão. Mas é importante dizer que é preciso enchê-los na hora em que o carro toca o asfalto, para evitar furos ou perfurações.

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Na saída do aeroporto de Jericoacoara, todo o line-up de modelos da Jeep oferecidos no mercado brasileiro
Crédito: Divulgação
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Rumo ao hotel

Saímos do restaurante depois de alguns colegas testarem o kitsurf e passeios de canoa - esportes típicos de Jeri - e fomos para o hotel La Villa, um dos mais bacanas de lá.

Enchemos a pança de queijo coalho coberto de melaço de cana durante a noite e fomos dormir cedo sabendo que o dia seguinte nos reservava uma verdadeira expedição.

Atenção: aqui é importante destacar que este repórter que vos fala fez todo o trecho do rolê a bordo de um Jeep Compass T350 e que esse "teste" do Renegade se dará apenas pelo que vi acontecer.

De Jeri ao Piauí

Saímos logo cedo em direção ao Piauí.

Nosso destino final era Barra Grande (PI), uma aldeia hiper charmosa localizada em uma cidade chamada Cajueiro da Praia - onde, segundo guias locais, está o maior cajueiro do mundo, ainda que não registrado (no Guinness, o maior fica em Natal, no Rio Grande do Norte).

"Mas isso é questão de tempo. É que não vieram ver esse daqui, aqui", disse Bruno, nosso guia e copiloto da Jeep Gladiator vermelha que liderava o comboio.

Tecnicamente, estávamos atrás de um dos carros mais capazes do mundo, uma picape derivada do Wrangler, este sim um dos modelos com maior aptidão para fora de estrada que conheço.

Em segundo estava o Renegade laranja que observei por quase toda a viagem. Em terceiro, no carro 3, nós do WM1. Com o Compass T350 que já citamos.

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Jeep Destinos é o nome da expedição que a marca fez com convidados na Rota das Emoções
Crédito: Divulgação
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Atravessamos trechos extremamente acidentados, dunas altas com quedas emocionantes e duas balsas até chegar em Camocim, uma das últimas cidades do Ceará.

Até aqui, o Gladiator, Renegade e Compass superaram com maestria todos os obstáculos. No seletor de modos de condução, o escolhido para rodar foi o Sand/Mud (Areia/Lama).

Obviamente, os Commander e Wrangler que estavam atrás também venceram os desafios com certa facilidade. Estávamos em 18 carros, incluindo as unidades do staff da produção da expedição.

Almoçamos na Praia das Curimãs, próximo à cidade de Araras, já no Piauí. Nosso próximo destino era o resort BobZ, em Barra Grande, uma das promessas de praias que devem começar a "bombar" no país - especialmente para gringos, tal qual como Jeri.

Chegamos no hotel perto das 18h. Viagem de aproximadamente 8h, em um trecho com cerca de 150 quilômetros de distância - obviamente, a trilha seguiu pelo caminho imerso no off-road, em vez de apenas ir pela estrada de asfalto.

Nesse percurso, ZERO atolamentos. Por onde Gladiator e Wrangler passaram, Renegade, Compass e Commander fizeram igual. Uma aula de capacidade técnica dos modelos e de diversão para quem curte esse tipo de rolê.

Jeep Destinos Dia.24 0050
Os carros da Jeep deram aula de capacidade off-road no Nordeste
Crédito: Divulgação
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Jeep Destinos, dia 3

O trecho final era sair de Barra Grande e ir até Parnaíba, ambos no Piauí. Distância de cerca de 70 quilômetros. Mas esse pedaço já era de asfalto, e a avaliação de Renegade, Compass, Commander, Wrangler e Gladiator rodando por ruas convencionais vocês já viram por aqui e também em nosso canal no YT.

Pontos positivos: o Renegade não deixou dúvidas de que sua capacidade para uso off-road não mudou, mesmo não tendo mais as versões com motor a diesel.

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Amigos jornalistas, colegas de imprensa e staff da Jeep celebram o sucesso dos carros no evento
Crédito: Divulgação
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Essa mesma observação é válida para Compass, Commander, Gladiator e Wrangler. A Jeep dá aula nesse aspecto e poucos carros têm tanta capacidade como aos feitos pela fabricante de jipes do Grupo Stellantis.

Por conta disso, voltamos a reiterar o que botamos lá no título: o Renegade é o verdadeiro rei do 4x4 entre os SUVs compactos à venda no Brasil. Não há outro do segmento tão capaz como ele.

Portanto, se você tem necessidade desses atributos, caso você tenha um sítio, seja trilheiro ou apenas goste de encarar trechos acidentados, pode confiar no produto em questão. Sem medo.

Ponto negativo: até agora, uma semana depois, não encontrei algo tão bom para comer como o queijo coalho com melaço de cana de Jeri.

André Deliberato viajou a convite da Jeep

Tags:Jeep