Motor 1.0 Ecoboost terá desativação de cilindro

Ford estrá trabalhando na tecnologia que desativa um, dos três cilindros do motor, para economizar combustível

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Motor 1.0 Ecoboost terá desativação de cilindro
Karina Simões
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

Embora muita gente ainda duvide de sua eficiência, os motores 1.0 de três cilindros estão caindo aos poucos no gosto dos brasileiros. Agora, e se, dos três cilindros, um for desligado e o propulsor passar a trabalhar com apenas dois? É exatamente isso que a Ford quer fazer até 2018 com seu premiado motor 1.0 Ecoboost, para que ele fique mais econômico ainda.

Se você lê o WM1, sabe que o 1.0 Ecoboost da Ford se equipara ao 1.6 Sigma de 4 cilindros em potência -ambos geram 125 cv-, porém o turbinado Ecoboost é bem mais econômico. Além disso, o torque de 17,3 cv chega logo aos 1.400 giros enquanto no Sigma, os 16 kgf.m chegam bem mais tarde, aos 4.250. Contra números não há mesmo argumentos.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas
fordecoboost1.0-motorinternacionalano2016.jpg
fordecoboost1.0-motorinternacionalano2016.jpg
Crédito: fordecoboost1.0-motorinternacionalano2016.jpg
toggle button

Se você não conhece, já deve ter ouvido falar na tecnologia de desativação mde cilindros. Funciona assim: o sistema para automaticamente de injetar combustível e cessa o funcionamento das válvulas de um dos cilindros quando o motor está em ponto morto ou em velocidade de cruzeiro. Não, não é uma novidade, o desligamento dos cilindros em motores existe há praticamente 40 anos, e, com o avanço da tecnologia, passou a equipar a maioria dos motores beberrões de seis ou oito cilindros, que equipam modelos de marcas premium como BMW, Audi e Mercedes-Benz.

A Volkswagen, porém, foi a primeira a se aventurar no campo dos motores menores -de quatro cilindros- com a tecnologia. O motor 1.4 TSI que equipa o Golf, Passat, Scirocco, na Europa, pode desligar até dois cilindros quando trabalha em baixos giros desde 2011, pasmem.  

Mas, adotar a tecnologia em um pequenino motor 1.0 de três cilindros, é a primeira vez. No motor Ecoboost, o sistema é capaz de desabilitar ou habilitar um cilindro no curtíssimo tempo de 14 milissegundos – 20 vezes mais rápido que um piscar de olhos. Segundo a Ford, o motorista não percebe a desativação, graças a soluções avançadas para contrabalançar vibrações.

A montadora explica que o sistema pode operar em velocidades de até 4.500 rpm – quando as válvulas se abrem e fecham quase 40 vezes por segundo. A pressão de óleo do motor ativa uma válvula especial e interrompe a conexão entre o eixo de comando e as válvulas do cilindro número 1 e um software determina o momento ideal de desativação do cilindro levando em conta a velocidade, posição do acelerador e carga do motor. Com a tecnologia, a montadora espera um consumo de até 6%.

940x576 Bc340763 Eae6 4c57 Ae92 65579b97283f 3
940x576 Bc340763 Eae6 4c57 Ae92 65579b97283f 3
toggle button

Menos é mais

A Ford explica que teve que “descomplicar” a tecnologia para que a produção em massa pudesse ser viável. Para evitar vibrações quando apenas dois cilindros estiverem em funcionamento, foi necessária uma nova configuração do virabrequim com volante e polia desbalanceados. Além da adoção de um novo volante de dupla massa e disco de embreagem com amortecimento. As válvulas de admissão e exaustão se fecham quando o sistema está ativo, prendendo os gases para criar um efeito de mola que ajuda a balancear as forças entre os três cilindros, além de conservar a temperatura dentro do cilindro para manter a eficiência da queima quando ele é reativado.

“Nós estamos testando intensamente o sistema em condições reais usando várias estratégias de desativação para desenvolver um sistema que maximiza a economia de combustível sem comprometer o conforto de dirigir”, diz Carsten Weber, gerente de Pesquisa e Engenharia Avançada de Powertrain da Ford Europa.

Comentários