Genebra, uma encruzilhada para o futuro?

Salão suíço é palco para apresentação de novas tecnologista sustentáveis
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Roberto Nasser
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Genebra Motor Show, mostra anual, antiga, está na 85a edição, em país de pequena e pontual produção de veículos. É exercício de criatividade, sobrevivência, e nos últimos anos tomou o caminho mercadológico de ser palco para apresentação de novas tecnologias para combustíveis alternativos. Assim, não compete com Paris, França e Frankfurt, Alemanha, maiores em extensão, presença, e capacidade de influência ao amplo mercado europeu, e de realização alternada. Em Genebra maioria dos visitantes é natural.  A público entre 5 a 15 de março.

 

Neste ano, previstos 700 mil visitantes verão nos 220 stands, 900 veículos, mais de uma centena de lançamentos, e pelo menos uma demonstração de viabilidade de novo veículo elétrico, o QUANDTiNO, como nova tecnologia eletro veicular. Antes apenas permitida a veículos pequenos e de baixa velocidade e autonomia, como os carrinhos de golfe, consegue somar grandezas inconciliáveis pelos processos atuais: baixo consumo, elevada performance. Seus quatro motores de 25 w – equivalendo a 130 cv -, permitem atingir 200 km/h e superar 1.000 km de autonomia.

A morfologia é de automóvel, quatro lugares, tamanho de um VW Gol, e marcantes rodas de 22”.

 

A ser verdade o divulgado pela construtora nanoFlowCell AG, apesar de atrativo, deve ser visto apenas como efeito-demonstração de nova tecnologia, capaz de re escrever toda a motorização hoje empregada nos veículos elétricos, plug in ou híbridos.

Novidade midiática, o novo Ferrari 488 GTB, espécie de 2a

color:black"> edição do modelo Itália, marcado por pequenas mudanças estéticas, como maiores entradas frontais de ar. Motor reduzido a 3.9 litros, V8 a 90 graus, dois turbos, 670 cv de potência, câmbio de dupla embreagem, 7 velocidades.

 

Possibilidade material, o conceito Kia Sportspace. Totalmente novo, projetado na Alemanha. Na prática a proposta está mais próxima a Grand Routier, como os franceses dizem os carros estradeiros, capazes de bem andar e faze-lo com conforto, firmeza e estabilidade no rodar. No caso, aerodinâmica, confortáveis quatro lugares, espaço para bagagens. O Sportspace supera a fase do conceito e pode se transformar em produto a curto prazo. Na mostra e da prima Hyundai, o novo I35. Não deverá vir ao Brasil. Aqui se montam a avó, Tucson, e a mãe, também dita i35.

 

Outra atração será a volta da marca Borgward, uma das mais importantes da Alemanha no pós-Guerra, e de fim nebuloso – falência declarada apesar de ter patrimônio e recursos superiores às cobranças. Volta com Christian, neto do fundador Carl Borgward, e a sede é na Suíça. Marcante em solidez, rendimento e bom design, fez sucesso na década de ’50 com os Isabella, sedã 2 portas, Coupé TS e a camioneta Combi. Quase foi feito no Brasil. Genebra viu, em 1949, o Borgward Hansa 1500, primeiro produto inteiramente novo após a razia industrial sofrida pelos alemães na II Guerra Mundial. A apresentação do modelo redivivo, no mesmo Salão, é para fortificar os laços com o passado.

 

ABRIL, OS CHERY NACIONAIS

Enfim, após a festiva inauguração em agosto, Chery inicia fabricar no país. Inicialmente modelos Celer, hatch e sedã, motor 1.5. Envio aos 70 revendedores em março, lançamento e vendas em abril.

 

Os meses de 2014 foram de funcionamento em marcha lenta industrial para afinar mão de obra, processos, máquinas, e contornar a convivência entre culturas tão díspares quanto a local e a chinesa. Também, de definir gabarito de relacionamento com a mão de obra contratada localmente, em especial ex-funcionários da General Motors, com maior vivência sindical, e a tumultuada cultura da região. Por conta dela a General Motors, a pouca distância, em São José dos Campos, tem minguado a produção, cortado empregos e, recentemente, optou fazer motores em Santa Catarina e a próxima geração de carros pequenos na Argentina, para evitar interrupções e greves.

 

No período a empresa produziu 123 unidades de veículos em Pré Série, para testes locais e não serão vendidos a público, mas destinados a frota de serviço e a executivos da marca.

 

A fábrica da Chery, de capital totalmente chinês e sem sócio brasileiro, foi construída em Jacareí, a 70 quilômetros ao norte da capital, cidade-chave para distribuição, na Via Dutra e Via Dom Pedro I.

 

A Chery lidera vendas dos chineses no Brasil e intenta, com a atividade industrial, fazer 25 mil unidades em 2015. Para comparação futura, hoje os preços das unidades importadas são R$ 35.900 para o hatch e R$ 2 mil mais pelo sedã. Conteúdo, preço e condições de venda serão fundamentais para o futuro da marca.

 

ALFA, BRASIL, 2017

Discurso de Sergio Marchionne, CEO da FAC, a holding de Fiat e Chrysler, aos acionistas encerrou esperanças de produção de Alfa Romeo na grande fábrica a ser inaugurada pela empresa em Goiana, em Pernambuco. Marchionne apresentou o plano de produtos, e nele os Alfa Romeo foram o tema de relevo, especialmente pelo ultrapassar da previsão de investimento de US$ 5 bilhões para a revitalização da marca. Agora tratada como reserva de história, cultura e paixão, carros da marca voltarão a utilizar tração traseira e/ou na 4 rodas. E a produção de veículos e motores será na Itália.

 

Especulava-se no Brasil a possibilidade de o próximo sedã Fiat ser o Viaggio, ora produzido na China, sobre plataforma dividida com o norte americano Dodge Dart, e apta a receber motorização Alfa. Mas as declarações enterraram a possibilidade, assim como fazer o modelo Giulietta sobre a plataforma do Punto, como ocorre na Itália.

 

2017 ?

Alfa terá início da retomada dia 24 de junho com sedã médio, sem nome oficial, mas tratado mundialmente como Giulia, nome mítico para a marca. Após, até 2018 serão mais sete veículos.

 

Entretanto, Carlos Eugênio Dutra, diretor

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color:black">de Planejamento e Estratégia de Produto da Fiat, cortou o barato e as esperanças de Alfistas nacionais em adonar-se do novo modelo. Segundo o executivo, toda a dedicação da parte Fiat no Brasil está na grande fábrica ora implantada, e nos investimentos em tempo, talentos e recursos para os novos produtos Jeep e Fiat. Assim, por cautela, e tendo em vista a definição interna sobre a distribuição dos Alfa por inexistente rede separada de Fiat, Chrysler ou Jeep, Alfa Romeo no Brasil é assunto para 2017.

 

MINI FIAT EM UM ANO

Fonte acreditada da Fiat levantou a pesada e negra cortina vedando informações sobre seu novo carro de entrada no mercado. Ainda sem nome, mas criado para ser o menor da linha, é um dos oito produtos em desenvolvimento pela marca. Lançamento em março de 2016.

 

Mesmo executivo disse, com satisfação, a equipe de planejamento conseguiu atingir o objetivo do projeto: ter o veículo, com os legais ABS e bolsas de ar, capaz de ser aprovado em testes de impacto, pelos mesmos R$ 22 mil praticado pelo antigo Mille, descontinuado por não absorver tais equipamentos, e em fim de vida, em 2013.

 

Redução de custos por projeto, plataforma, método de armação da carroceria, melhor estrutura com menos vincos, pontos de solda e operações industriais permitiram reduzir o custo de produção ao objetivo.

 

Motorização possivelmente o 1.0 de quatro cilindros da casa. Ao contrário do divulgado por algumas fontes, a Fiat não dispõe de motor 1.0 em três cilindros.

 

 

RODA-A-RODA

Enfim, - Crescimento das vendas na China e recuperação na Europa permitiu à PSA, holding reunindo Peugeot e Citroën, após três anos ter lucro no exercício de 2014: 63 milhões de Euros. Carlos Tavares, português, ex vice da Renault e agora número 1 da PSA disse, resultados andam à frente do projeto de reestruturação. Uma surpresa.

 

Aqui – Previsão de Tavares aos investidores contraria projeções locais das vendas em 2015 bisarem ou crescer pouco relativamente a 2014. Calcula queda de 10% na América Latina – onde Brasil é metade do mercado.

 

Mercado – Audi experimenta no pequeno e contado mercado uruguaio automóvel como sedã de entrada da marca: A3 Sedan simplificado, pequeno motor 1.2 TFSI, franciscano câmbio automático de 5 velocidades.

 

Reflexo – Carro brilhando à noite é proposta da Nissan para identificar o Leaf, seu modelo elétrico. A ideia, para chamar a atenção da presença da frota ecológica, parte de spray Starpah desenvolvido pelo inventor Hamish Scott.

 

Segredo – A tinta absorve raios ultravioleta durante o dia, para brilhar entre oito e dez horas à noite, e coerentemente utiliza componentes naturais. Tem enorme duração, projetada em 25 anos. Por isto não espere tê-la em seu carro – a indústria de tintas nunca se interessaria em produzir algo tão duradouro.

 

Impulso – Lexus, marca de luxo da Toyota, reposicionou os preços do luxuoso hatch híbrido CT200H. Reposicionar, em linguagem de gente, significa reduzir, baixar. No caso, de R$ 134 mil para R$ 127 mil, e de R$ 154 mil a R$ 149.500 na versão Luxury. Vender carro híbrido em país sem incentivo ao uso, é exercício institucional.

 

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