Uma corrida para apagar da memória?

Dizem que os dias ruins jamais devem ser esquecidos, pois dessa forma, é menos provável cometermos os mesmos erros.

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Rafael Paschoalin
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A essa altura do campeonato, quatro corridas completas, temos as respostas para algumas perguntas que habitavam a nossa cabeça durante a pré-temporada, dominada até então por Maverick Vinales. Acertou quem apostou em um ano ainda mais disputado, e apesar de termos 3 vencedores diferentes em 4 corridas – o mesmo número de 2016 -, os principais candidatos ao título já deixaram de pontuar em pelo menos uma prova nesse ano, algo que comprova o nível de competitividade e também a dificuldade em entender os novos pneus Michelin.

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A exceção entre os candidatos que foram ao solo é justamente Valentino Rossi, e essa é curiosamente a única explicação para ele liderar a tabela de pontuação neste momento.

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Também é notável a importância do ritmo de corrida, o famoso “Race Pace”, que nada tem a ver com o acerto da moto e as voltas rápidas de classificação. Valentino é um dos que se dedica muito mais em rodar durante os treinos com configuração de corrida e elevar ao máximo a eficácia do equipamento para o que realmente importa: o domingo. É claro que as coisas podem dar errado, e elas deram no último domingo, um dia que a equipe oficial Yamaha não poderá apagar de sua memória.

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Analisando o ritmo de prova de Dani Pedrosa, vencedor absoluto do Grande Prêmio de Jerez, na Espanha, ele terminou a prova apenas 2s mais rápido do que fez Valentino em 2016. Vale destacar que a temperatura do asfalto era basicamente a mesma, e no ano passado Valentino tinha uma margem para percorrer a volta final em um ritmo mais lento do que fez Pedrosa no domingo passado, algo que nos leva a crer que o tempo total de prova dos dois últimos vencedores poderia ser ainda mais parecido.

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Mas o que pode ter dado de tão errado para a Yamaha nessa prova? O ótimo resultado de Johann Zarco e sua Yamaha safra 2016 leva a crer que o problema de MV25 e VR46 estavam mais ligados a ajustes do que projetos de chassi propriamente ditos. Zarco nos deu um bom exemplo de como ser agressivo enquanto todos ainda estão pilotando com cautela pela falta de temperatura nos pneus, e isso nos leva a outro ponto que quero destacar nesse texto: a eficiência dos pilotos oriundos da Moto2!

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Existem exceções como Tito Rabat, Pol Espargaró, e outros pilotos de sucesso da classe intermediária que não se destacaram suficientemente bem na MotoGP, e acredite, isso não significa necessariamente que lhes falta talento. Mas o ponto que quero abordar é justamente o quão boa é a categoria Moto2 para o crescente nível da MotoGP.

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Competindo com motores Honda (no futuro serão propulsores Triumph) exatamente iguais, as diferenças se limitam ao chassi, e isso torna a categoria mais acessível financeiramente e também muito mais disputada. O estilo cotovelo no chão de Marc Marquez talvez não existisse se a Moto2 não fosse exatamente o que é: uma peneira seleta onde apenas os melhores dos melhores se destacam. Zarco, de novo ele, apesar de experiente, trouxe para a MotoGP um pouco do arrojo que é necessário para sobreviver na classe intermediária. O francês dividiu e ultrapassou pilotos condecorados sem tomar conhecimento, e é exatamente isso que torna a MotoGP algo tão cativante #aprendeF1.

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Crédito: MotoGP Jerez 2017
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Principais destaques da etapa

Jorge Lorenzo: Vestindo vermelho e montando a mais temperamental das motos, o espartano calou a multidão de críticos para subir no 3º degrau da escadaria dos Deuses da motovelocidade.

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Dani Pedrosa: Pedrosa mereceu a vitória e o cargo de piloto oficial Honda na sua atuação de domingo. Mais do que isso, deixou felizes os torcedores de Valentino Rossi e Marc Marquez justamente por transparecer o quanto se dedica para estar ali.

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Marc Marquez: Pilotando sempre no limite, as coisas não dão certo quando lhe falta aderência. Para o nosso deleite, o espanhol nunca deixa de derrapar e tentar o impossível.

MotoGP Jerez 2017
Crédito: MotoGP Jerez 2017
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Aleix Espargaró: Existem poucos caras capazes de tirar o máximo de equipamentos limitados. Aleix é um deles, faz milagre com sua Aprilia, e deve deixar com inveja a Suzuki que o dispensou para contratar o "cai cai" Ianonne.

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Olhos abertos para acompanhar o nosso japa

Meikon Kawakami
Crédito: Meikon Kawakami
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Meikon Kawakami, 14 anos, fez sua estreia na Red Bull Rookies Cup, a categoria escola da MotoGP que utiliza motocicletas KTM Moto3. Depois de passar por momentos difíceis e sofrer com a pressão imposta por ele mesmo na sexta-feira, Kawakami fez duas corridas de recuperação para se colocar na 9ª colocação do campeonato.

“O Meikon nunca tinha largado com o dispositivo de largada, e na verdade ele ainda precisa entender como esse sistema funciona. Mesmo classificando em 16º, após as luzes se apagarem, ele ficou muito para trás, na última posição, e teve que fazer duas corridas de recuperação terminando em 10 e 12 respectivamente. Tenho plena convicção que somos mais fortes do que isso e podemos brigar ainda mais para frente na RedBull Rookies Cup” declara Alan Douglas, manager do jovem piloto brasileiro.

Meikon Kawakami
Crédito: Meikon Kawakami
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