Kawasaki Z 300 tem motor de 39 cv de potência

Velocidade máxima da nova naked da marca japonesa é de 170 km/h
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Agência Infomoto
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“Quantas ‘cilindradas’ tem essa moto?” No caso da recém-lançada Kawasaki Z 300, a resposta a essa frequente pergunta geralmente causa espanto nos curiosos. “Mas só 300?”, alguns duvidavam. A nova naked de “apenas” 300 centímetros cúbicos realmente surpreende. A começar pelo desenho agressivo e, também, pelo bom desempenho de seu conjunto mecânico.

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Feita sobre a mesma base mecânica da mini-esportiva Ninja 300, a nova Z 300 tem guidão mais alto, menos carenagem e mais conforto e agilidade para driblar o trânsito das cidades. Com proposta urbana, a pequena naked chegou recentemente ao País em duas versões: standard com preço sugerido de R$ 17.990; e equipada com freios ABS, por R$ 19.990.    

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Personalidade

Ao encarar a nova Z 300, logo sua irmã maior, Z 800 de quatro cilindros, vem à mente. O conjunto óptico é idêntico e as carenagens laterais ao tanque e o spoiler sob o motor reforçam a semelhança. Até mesmo a inscrição “Z” em baixo relevo no banco foi reproduzida. Muito inteligente a sacada da Kawasaki em fazer uma espécie de miniatura de um modelo maior: diferencia a naked de 300cc das concorrentes com um design mais sofisticado e ainda “confunde” os leigos em relação à sua capacidade cúbica. Em uma moto o design é meio caminho andado para atrair o consumidor.

O restante fica por conta do bom desempenho da Z 300 que tenta reproduzir, em menor escala, o comportamento de motos maiores. Embora os 39 cv de potência máxima possam parecer pouco para os “pilotos” de ficha técnica, quem disse que o prazer de pilotar uma moto é diretamente proporcional a sua cavalaria?

Não é (somente) a potência que torna um motor bom ou não, é a sua personalidade. E isso o bicilíndrico de 296 cm³, DOHC, com arrefecimento líquido tem de sobra. Ele tem caráter de motos maiores, mas em menor escala. Até mesmo a faixa vermelha do conta-giros, a partir de 13.000 rpm, lembra as esportivas.

Ajustado para oferecer torque e potência em baixos giros, o motor tem ânimo desde a partida, mas começa a empurrar mesmo acima de 4.000 rotações. E acima de 5.000 rpm, os giros crescem rapidamente. O torque máximo de 2,75 kgf.m só chega aos 10.000 giros e a potência máxima de 39 cv aos 11.000 rpm.  

O segredo está em utilizar com inteligência o macio e preciso câmbio de seis velocidades. Por exemplo, em sexta marcha a 4.000 rpm, a pequena Z 300 roda a 60 km/h. Ao girar o acelerador, o motor responde com certa lentidão, mas não nega fogo. Agora, reduza para quinta ou quarta marcha que a diversão começa e a Z 300 mostra porque se diferencia de outras 300cc à venda no mercado nacional. E não apenas porque sua velocidade final seja de 170 km/h no velocímetro digital, mas porque lá em cima, em altos giros, o piloto também esquece que essa pequena Kawasaki é uma 300cc. 

Nas reduções, o auxílio da embreagem deslizante – que evita trancos na roda traseira – é fundamental para manter o bom equilíbrio da Z 300. Mas, vale destacar, o sistema “patina” enquanto o óleo ainda está frio, logo após dar partida. Porém, bastam alguns quilômetros para que o funcionamento da embreagem fique normal e o acionamento do manete, suave.

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Urbana

Para corresponder ao bom desempenho, o mesmo quadro tubular e conjunto de suspensões da Ninja 300: garfo telescópico convencional, na dianteira; e monoamortecedor a gás com regulagem na pré-carga da mola, na traseira. Simples, porém eficaz. Mescla um bom ajuste entre o conforto para enfrentar as ondulações de nossas ruas e a rigidez necessária para contornar curvas com estabilidade. E com o adicional da segurança proporcionada pelos pneus Pirelli Diablo Rosso II de construção radial, nas medidas 110/70 e 140/70, na frente e atrás, respectivamente, calçados em belas rodas de liga-leve aro 17.

Outro aliado do conforto na Z 300 é seu guidão inteiriço e mais alto do que a Ninjinha. O resultado é uma posição de pilotagem com as costas mais retas e os dois pés no chão, mesmo para pilotos mais baixos. As pedaleiras, entretanto, ficam diretamente embaixo do tronco, fazendo com que os joelhos fiquem bem flexionados. Nada que incomode em viagens curtas e nas jornadas diárias, no ir e vir do trabalho.

Justamente nessa situação que a naked se sobressai em relação à sua irmã mini-esportiva. A Z 300 gosta da cidade. Mais leve e com guidão mais largo, seu bom ângulo de esterço permite costurar entre os carros se for preciso ou fazer aquele retorno com facilidade. Somente os espelhos retrovisores “pontudos” atrapalham andar no corredor: exigem que o motociclista ziguezagueie por entre os carros.

Caso algum motorista desatento mude de faixa sem avisar, os bons freios a disco – em ambas as rodas – sobram para parar os 170 kg (em ordem de marcha) dessa pequena Kawa. A versão testada ainda contava com o útil sistema ABS, que funcionou quando exigido.

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Detalhes

Se, à primeira vista, a Kawasaki Z300 agrada aos olhos, depois de rodar quase 500 quilômetros a pequena naked conquista pela diversão que proporciona. Não se trata de uma potente esportiva ou uma confortável touring para longas viagens: é simplesmente uma moto pequena com design sofisticado e bom desempenho para rodar com estilo na cidade.

Diferencia-se das concorrentes do segmento justamente pela potência do motor bicilíndrico e pelo porte de moto maior. Sem falar em alguns detalhes do bom acabamento, como as pedaleiras em alumínio, a ponteira de escapamento, a pintura fosca do tanque na cor verde e a cobertura do banco bipartido. Perde um pouco no consumo de combustível, afinal é difícil segurar a vontade de ver o bicilíndrico girar alto: as médias variaram entre 22,6 e 25,3 km/l. Bom para seu desempenho, mas abaixo das concorrentes.

Ideal para o motociclista em busca de uma moto urbana que esbanja estilo, mas que também ofereça diversão. Mais cara que outras japonesas do segmento, ganha da sua irmã mini-esportiva no preço e também na praticidade. Na versão avaliada, com freios ABS, a Z 300 custa R$ 19.990 na tabela, enquanto a Ninja 300 ABS tem preço sugerido de R$ 21.990.

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