Guia de Compras: Honda Fit

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Fernando Garcia
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Produzido em 2001 no Japão, por aqui o Honda Fit surgiria somente em 2003, já nacionalizado. Produzido na planta de Sumaré, o monovolume logo cativou os brasileiros atingindo a marca de 300.000 unidades vendidas só no ano de lançamento. Inicialmente surgiu em duas versões, a LX e a top LXL, ambas equipadas com motor i-DSI (Intelligent-Dual Sequential Ignition - ignição dupla sequencial inteligente) 1.4 de 80 cv e com a opção do câmbio CVT (Continuously Variable Transmission). Bem equipado, a versão de entrada já contava com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico e airbag para motorista e o exclusivo sistema de rebatimento dos bancos traseiros ULT (Utility, Long and Tall – utilitário, longo e alto) com 10 combinações que contribuía para o aumento da capacidade de carga de 353 litros até 1.321 litros, sem precisar remover os bancos. Já a LXL agregava rodas de liga leve, airbag duplo, freios ABS e CD player.

Dois anos depois, a Honda lançou a versão EX que passaria a ser a top de linha. Equipada com o novo motor VTEC de 1,5 litro de 105 cv, o modelo se igualava ao da LXL em termos de equipamento, incluindo o opcional do câmbio CVT. Por fora, a diferença eram as rodas de alumínio com desenho exclusivo, além de um pequeno detalhe, praticamente imperceptível: Na tampa traseira onde havia o nome FIT, o pingo no I era pintado de azul enquanto na 1.4 era vermelho.

Para 2007, a linha recebia novos para-choques e grade dianteira com um filete pintado na cor da carroceria e na top ganhava repetidores de pisca incorporado às capas dos retrovisores, mas a maior mudança ocorreu em 2009 com a segunda geração. Conhecido como New Fit, o monovolume ganhou uma aparência mais robusta e agressiva e teve todas as dimensões ampliadas, com espaço melhorado inclusive para as pernas dos passageiros do banco traseiro que foi ampliada para 40 mm. O porta-malas, por sua vez, ganhava mais 31 litros de capacidade passando para 384 litros. Na motorização, a 1.4 16v (disponível para a LX e LXL) ganhou o comando de válvulas variável batizado pela Honda de iVTEC com a tecnologia flexível que rendia 101 cv com etanol e 100 cv com gasolina. De série, a LX vinha com ar, direção elétrica, trio, airbag para motorista e passageiro, mas freios a disco nas quatro rodas com ABS e distribuição eletrônica de frenagem EBD eram itens exclusivos da LXL. A EX e EXL eram equipadas com propulsor iVTEC 1.5 16v (116/115 cv). Piloto automático com botões no volante, ar-condicionado automático digital, piscas nos retrovisores e rodas de aro 16, bancos aveludados e sistema de som com entrada USB estavam presentes na EX enquanto faróis de neblina, bancos e manopla do câmbio em couro e câmbio automático com opções de troca manual no volante eram exclusivos da EXL. A versão DX só viria em 2011 e era desprovida de rodas de liga leve, sistema de som e alto falantes, frisos. No ano seguinte surgia a Twist, uma versão aventureira equipada com motor 1.5 e itens exclusivos como novas rodas de alumínio de aro 16, rack de teto e proteção plástica dos arcos dos para-lamas e para-choques com adereços que remetem ao conceito off road.

Outra mudança ocorreria na linha 2013, mas desta vez mais sutil incorporando uma reestilização nas partes dianteira e traseira, além da capacidade do tanque de combustível que foi ampliada de 42 para 47 litros. Neste mesmo ano, mais precisamente em outubro, entrava em cena a CX que substituiu a DX. Numa época em que o governo começava a implantar a obrigatoriedade do airbag duplo e dos freios ABS, este último item nem sequer estava como opcional na lista.

DE OLHO NA COMPRA

Como todo Honda, no mercado de usados eles têm boa liquidez, mas nem por isso é preciso comprar de olhos fechados, principalmente quando o assunto em questão é a manutenção. Por isso, aqui vai a primeira dica. Dê preferência aos modelos cujos manuais de manutenções estejam devidamente carimbados. Isso indica que eles passaram pelas revisões conforme a recomendação da fabricante. Robusto, o Fit faz a alegria de seus donos na questão da longevidade do motor. Só como exemplo disso, no manual de manutenções a Honda informa que a troca do líquido de arrefecimento do motor é recomendada somente quando o carro completar oito anos de idade ou 200.000 km.

Outra dica é dar preferência aos modelos flexíveis, fabricados a partir de 2006 que tem melhor procura e valor na hora da revenda e evitar as unidades mais básicas como a DX (2011) e CX (2013) que eram desprovidas de frisos, rodas de liga leve e sistema de som e alto-falantes. Não que seja um mico na hora da revenda, mas por um pouco mais é preferível pular para a intermediária LX que responde pela maior parte do total de vendas, tanto de novos quanto de usados e às vezes a diferença de valores pode ser pequena. O câmbio automático também é bem cotado, principalmente pelo público feminino. No caso específico do CVT da primeira geração e aplicado somente nas opções com motor a gasolina, é preciso verificar se as revisões de 40 em 40 mil km foram feitas em concessionárias. Peça ao vendedor para deixar você andar no carro e verifique o correto funcionamento nas passagens de marcha que não pode arranhar. No test drive, avalie como ele se comporta nas subidas e descidas, e subida em marcha ré. Aproveite também para avaliar possíveis ruídos como o do sistema de freios que pode indicar o desgaste das pastilhas (algo comum mesmo em modelos com quilometragem mais baixa) ou de coxins trincados do conjunto da suspensão.

No aspecto geral, dê uma boa olhada na parte externa do carro como a tampa traseira que é muito comum ter pequenos amassados, já que ela invade parte da área do para-choque traseiro. Por falar nisso, verifique também os dianteiros, sobretudo os da primeira geração que costumam ter raspões por conta de serem muito baixos. Aproveite também para verificar o assoalho por baixo e, principalmente, o cárter, que não vem com o protetor. Ainda nos modelos da primeira geração, verifique se os modelos fabricados entre 2003 e 2008 passaram pela inspeção e reparo no interruptor principal do comando dos vidros elétricos. Na época do recall, em 2010, a Honda mencionava que em algumas unidades poderia ocorrer falha no funcionamento do interruptor e até riscos de incêndio.  Já para os modelos da segunda geração, fabricados entre 2009 e 2011, o recall era para a aplicação gratuita de uma proteção suplementar no sensor - instalado no pedal do acelerador – para impedir a sujeira do assoalho viesse a se alojar junto a ele. Boa compra!

OUTRA OPÇÃO DE USADO É: NISSAN LIVINA

Se a ideia é espaço interno, vá de Livina. São bem aproveitados 445 litros contra 384 litros do modelo da Honda. Já para os ocupantes de trás, graças à posição mais alta dos bancos, há um melhor espaço liberado para as pernas. Apesar da posição mais alta dos bancos, não há regulagem de altura para o do motorista, nem dos cintos de segurança, item de série no Fit. Na questão do acabamento, o da Livina é ligeiramente mais bem caprichado, sem rebarbas de plásticos e texturas e tecidos com mais capricho. O motor 1.6 16v também é mais ligeiro, e mas tem consumo urbano próximo ao seu concorrente: 10,2 km/l contra 11,4 km/l (com gasolina) e 7,0 km/l e 7,6 km/l (com etanol).

Por outro lado, a desvalorização do Livina é maior, além de revenda mais complicada.

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