Guia de Compras: Alfa Romeo 156

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Fernando Garcia
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Se você sempre sonhou em ter um carro com temperamento esportivo, belo design italiano e que não custe tão caro, por que não optar pelo Alfa Romeo 156?

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O modelo foi lançado na Europa no final de 1997 e no Brasil veio importado pela Fiat um ano depois já como modelo 1999 disponível nas versões Elegant e Sport, ambas equipadas com motor 2.0 16V Twin Spark (duas velas por cilindro) de 156 cv e torque de 19,1 kgf.m disponíveis logo nas 3500 rpm. A primeira já era bem equipada para a época contando com volante com aro em madeira, ar-condicionado, direção hidráulica, faróis de neblina, trio elétrico, CD player freios a disco nas quatro rodas com ABS e rodas de liga com pneus 205/60 R15. Opcionalmente havia air-bags laterais, air-bag do passageiro, revestimento de couro e teto solar elétrico. A top de linha Sport adicionava bancos esportivos, acionamento elétrico do vidro traseiro, pomo do câmbio e volante revestidos em couro, painel de instrumentos com fundo preto, rodas de alumínio e pneus 205/55 R16 e saias laterais.

Apesar de conquistar muitos fãs com o seu design, obra do renomado Centro Stile Alfa Romeo e liderada pelo designer brasileiro Walter da Silva, as vendas não iam muito bem e a montadora teve de reverter isso. A solução foi substituir o motor 2.0 16V por um V6 de 2,5 litros, 24 válvulas e 190 cv no ano de 2003, mas como ano de fabricação 2002. A transmissão era automática de quatro marchas Q-System, que permitia trocas com a disposição semelhante ao de câmbios manuais. Entre os itens de segurança, o sedã italiano contava com controle de tração e estabilidade, air-bags laterais e assistência de pressão de frenagem BAS. Além destas mudanças, vinha com novas rodas de aro 16, frisos e retrovisores pintados na cor da carroceria. Na parte interna, além de apliques em tom de alumínio no acabamento, o modelo ganha um mostrador digital entre os difusores de ar centrais com informações de verificação/controle e do computador de bordo.

Porém nem mesmo após todas estas melhorias, as vendas do Alfa Romeo 156 não deslancharam.  A Fiat chegou a apresentar durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2004 uma reestilização do 156, mas sua importação não deu início. Na Europa, ele foi substituído pelo 159 em 2005, mas o lançamento deste modelo no Brasil nunca teve um futuro certo.

DE OLHO NA COMPRA

Para quem aprecia esportividade, o Alfa Romeo 156 é o carro. Contando com apenas 155 cv, o sedã italiano é extremamente ágil. Em testes comparativos com revistas especializadas de época, o modelo que tem motor 2.0 de quatro cilindros conseguiu superar carros mais potentes, como Audi A4 2.8 e BMW 328I na prova de aceleração de 0 a 100 km/h cravando 8,5 segundos e 212,9 km/h de velocidade final. Apesar da idade do projeto, suas linhas tipicamente esportivas ainda atraem olhares por onde passa e muitos se surpreendem com seu preço, menos de R$ 25.000, valor cotado da FIPE de um ano e modelo 2001 (valor cotado no dia 20/05). Porém nem tudo são flores... Por ser um carro importado e com mais de 10 anos de fabricação, a maioria das seguradoras não fazem o seguro e, nestes casos, vale a pena instalar um bloqueador e rastreador veicular.

Por ser um carro antigo cuja marca não teve o devido reconhecimento no Brasil, nem todos os mecânicos têm o ferramental e treinamento necessário para a correta e imprescindível manutenção.

Por falar na manutenção mecânica, a primeira dica é evitar a compra de unidades cujo motor tenha sido substituído por outro, que indica a falta de manutenção do antigo dono. Para isso é importante checar sempre se o número do motor confere com o da documentação.

Avalie com atenção o variador de fase (peça responsável pelo ajuste no sincronismo entre válvulas e virabrequim melhorando o desempenho do motor) desgastado, um problema crônico dos motores 2.0 Twin Spark. O sintoma é o ruído do motor que é semelhante ao funcionamento de um motor a diesel. A peça custa R$ 2.250e, se não for trocado junto com correias e tensionadores (em geral após 50.000 quilômetros), pode travar e arrebentar a correia, avariando bielas, pistão e até o bloco.

Outro item que deve ser verificado com cautela é o conjunto da suspensão que costuma não aguentar as condições do péssimo piso brasileiro. Por isso, cheque todos os componentes como molas, amortecedores, bandejas, pivôs, buchas e batentes. Dependendo do estado deste conjunto, a substituição da suspensão dianteira e traseira pode sair a R$ 6.000.

Outra peça que merece muita atenção na hora da compra do 156 é o sistema de escapamentos que é bem frágil à baixa qualidade da gasolina nacional. O conjunto completo com catalisador vale R$ 4.600. A dica é comprar de procedência nacional, pois é feito com material apropriado para o nosso combustível e custa bem menos: R$ 900.

Segundo especialistas, não é difícil as luzes do air-bag e ABS permanecerem acesas depois de algum tempo ao ligar a ignição, o que evidencia problemas nos acessórios. Um truque utilizado por lojistas e proprietários é desativá-las para mascarar o problema. Por isso, ao ligá-lo, veja se acende e apaga imediatamente umas delas.

Além disso, alguns outros detalhes mais simples também não pode passar despercebido como o teto solar. Neste caso, verifique se o revestimento de tecido do teto não apresenta sujeira ou manchas d`água. Isso é um claro sinal de que há infiltração pela guarnição do teto solar. Para uma avaliação do estado do mesmo, a dica é jogar água com uma mangueira. Boa compra!

OUTRA OPÇÃO DE USADO: VOLKSWAGEN PASSAT

Se a sua intenção é adquirir um sedã com mais conforto e espaço interno, vá de Passat. Importado da Alemanha a partir de 1994, começou a ganhar fama a partir de 1998 quando era disponibilizado em três versões: 1.8 de 20 válvulas e 125 cv, 1.8 turbo de 150 cv e 2.8 V6 de 30 válvulas e 193 cv. Toda a linha Passat de um modo geral oferece um excelente nível de equipamentos contando com side-bags, duplo air-bag, ar-condicionado digital, alarme antifurto e vidros elétricos também na traseira, confortos que faltam ao 156, com air-bag apenas para motorista. Outro ponto que conta a favor para os que privilegiam a dirigibilidade voltada o trânsito pesado das grandes cidades. Sua suspensão macia oferece comodidade do motorista e dos passageiros. Isso explica a boa retomada no anda e para dos semáforos ou lombadas.

Porém em design, o Alfa Romeo 156 ganha tanto nas linhas esportivas quanto na ergonomia trazendo um painel inclinado e voltado para o motorista. E, apesar do ronco agressivo e grave do motor, ele é mais silencioso que o Volkswagen. 

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