CES 2016: o futuro da mobilidade

Soluções em mobilidade dominam a maior feira de tecnologia do mundo
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Karina Simões
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A CES (Consumer Electronics Show) é literalmente uma loucura. O evento que aconteceu em Las Vegas, EUA, de 6 a 9 de janeiro, atrai não apenas quem curte carros, como nós, mas quem curte inovação em diversas áreas. Colchões que te ajudam a dormir melhor, chuveiros que ajudam a economizar água, geladeiras que não apenas percebem o que está faltando, mas também enviam o pedido para o supermercado, televisores que dobram como folhas de papel, tênis que corrigem seu tipo de pisada e ainda aquecem e resfriam seus pés, além de outras muitas curiosidades.

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Na edição de 2016 foram mais de 3.800 empresas que mostraram suas ideias em mais de 300 mil m² de área. Um tema recorrente é a mobilidade. Formas de facilitar nossas idas e vindas são encontradas em diversos estandes, sejam eles de veículos ou não. A empresa de tecnologia Intel, fez uma parceria com a Segway – aquela empresa que produz um “diciclo” com duas rodas lado a lado usado por seguranças de shopping -  e apresentou um modelo com um robô acoplado, o Segway Robot.

Ele tem olhos - que piscam! - e responde com suas voz robótica aos comandos de voz do dono. Em sua “face” há uma câmera conectada à internet. Quando você não está usando o equipamento para se locomover, ele pode receber seus convidados em uma festa, por exemplo.

Hoverboards

Já conhecidos do público, são os hoverboards, aqueles disposititos de mobilidade individual com duas rodas paralelas, porém menores, também movidos pelo balanço do corpo do “condutor”. Encontramos na CES um dos mais populares, vendidos a US$ 129 (preço para logistas). Muitos deles são feitos na China e estão enfrentando um problema literamente “explosivo”. Do nada, as baterias explodem e ele pega fogo, por isso a legislação norte-americana está exigindo um selo de procedência das baterias e adaptadores de recarga. É proibido o uso em determinados locais e, inclusive, transportá-los em aviões.

O fato é que eles são divertidíssimos. O modelo testado por nós tem autonomia de 20 quilômetros e atinge 20 km/h de velocidade máxima. Testamos também uma variação de hoverboard com uma roda grande no centro do que parece ser um “shape” de skate. Este, feito nos Estados Unidos, é novidade e custa salgados US$ 3.995. Também se move pelo balanço do corpo e não é tão fácil de aprender como o convencional. Segundo Robert Bigler, CEO da empresa que fabrica o brinquedo, eu levaria uma semana para aprender a andar no hoverboard treinando duas horas por dia.

Bikes elétricas

As bikes elétricas e os scooters dobráveis que parecem bicicletas também dominaram a feira. Infelizmente, eles não me permitiram andar dentro do pavilhão – imagine a loucura! – mas passei um bom tempo observando as verdadeiras engenhocas possíveis de serem dobradas em segundos. Uma delas foi a A-Bike. Desenvolvida no Reino Unido e produzida na China, ela custa US$ 900 e fica bem compacta. É possível levar no trem, no ônibus, e depois seguir o trajeto até o trabalho, por exemplo, com ela. Caso você se canse de peladar, um motor elétrico te empurra por mais 25 quilômetros.

A Yunbike X1, totalmente chinesa, está mais para scooter do que bicicleta. Ela não tem pedais, o design é mais arrojado e ela conta com um visor que mostra o horário e o nível da carga da bateria, além de contar com entrada USB para carregar o celular.

Capacete inteligente

A BMW não é a primeira a implementar a tecnologia HUD (Head-up-display) em um capacete, mas nas mãoe de uma grande montadora, como a bávara, nossa expectativa em ter a tecnologia disponível para o público mais cedo aumenta. O capacete é conectado à moto e a moto ao smartophone. Ele se parece com um capacete comum, mas possui uma camera frontal e uma traseira embutidas no casco (quase imperceptíveis), há ainda um micro-computador e alto falantes, além do vidro posicionado à frente de um dos olhos do piloto. Primeiro você coloca o capacete, depois conecta a tela transparente, onde as informações serão projetadas. Ao ligar a moto, uma chegagem de nível de óleo, de combustível e pressão dos pneus aparece na tela.

Para a BMW a principal função do capacete é contribuir com a segurança, uma vez que o piloto pode se concentrar apenas no tráfego a sua frente. As “telas” são programáveis, ou seja, você pode habilitar apenas as funções que considera úteis. O piloto pode definir um limite de velocidade e, ao ultrapassar o limite, você enxerga um aviso. A rota também pode ser planejada com antecedencia e ela aparece na tela. Isto é muito, mas muito útil para um motociclista.

A câmera frontal pode gravar o trajeto, enquanto a traseira funciona como um retrovisor. O capacete utiliza duas baterias que dão ao aparelho autonomia de cinco horas. A BMW acredita que em dois anos, ele comece a ser produzido. Tomara.

Drones

Há uma infinidade de drones na feira, de todos os tamanhos, marcas e modelos. Todos mesmo. Alguns são tão pequenos que cabem na palma da mão. Eles são usados para batalhas virtuais, ou seja, jogos onde a habilidade com o drone é o que vale. Todavia, o grande destaque na categoria foi o Ehang 184, chamado por muitos de drone (pelo aspecto), mas que na verdade trata-se de um quadricóptero - o drone, por definição, é uma aeronave não tripulada. O que chamou a atenção de todos foi que este veículo aéreo autônomo pode levar uma pessoa de até 100 kg em viagens curtas, de no máximo 23 minutos, em altitudes de até 500 metros. Ele é feito de alumínio, fibra de carbono e epoxy (um tipo de argamassa moldável).

Há soluções que já estão disponíveis ao consumidor final ou estarão muito em breve, mas maioria das inovações que vimos na CES são conceitos. Certamente elas dão uma ideia do que veremos no futuro e o melhor de tudo é que o futuro está muito mais próximo do que a gente imagina. 

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