Range Rover reúne o melhor dos mundos

Land Rover de R$ 402 mil ostenta desempenho, conforto e capacidade off-road


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Ricardo Sant'Anna
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Qual o melhor carro do mundo para você? Um superesportivo avaliado em alguns milhões de reais? Ou seria um utilitário esportivo capaz de encarar tudo que vê pela frente? O assunto é recorrente nas conversas entre amigos e a discussão é longa. Queridinho da crítica, o Range Rover, maior utilitário esportivo da marca Land Rover, é um forte candidato a esta vaga. Isso porque reúne potência de esportivo, dirigibilidade irretocável, conforto a bordo e capacidade off-road impressionante. Seria ele o dono deste título? WebMotors resolveu tirar a prova

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Avaliamos a versão HSE da linha Sport (existe também a Vogue), equipada com motor 3.0 V6 Supercharger. Trata-se de um modelo intermediária, oferecido no Brasil por R$ 402 mil, valor altíssimo para os padrões brasileiros. É pouco acima dos R$ 385 mil cobrados pela versão SE de entrada e bem abaixo dos R$ 651,5 mil do topo de linha Vogue Autobiography. O preço assusta, mas se comparado aos R$ 399 mil da versão de entrada do Porsche Macan, utilitário esportivo bem menor, nos faz acreditar que o Land Rover nem é tão caro assim.  Então, vamos aos seus atributos.



Debaixo do capô está o motor 3.0 V6 Supercharger dotado de nada menos do que 340 cv de potência a 6.500 rpm e 45,9 kgfm de torque a 3.500 rpm. Aqui está o primeiro item que contribui para o elegê-lo o melhor carro do mundo. É potência de esportivo e, embora não pareça, suficiente para puxar o utilitário de mais de 2 toneladas, ou 2.144 kg para ser mais específico. O propulsor aliado à transmissão automatizada de 8 marchas fazem você se surpreender.


Dirija com o “pé leve” e o Land Rover se mantém na casa das 2.000 rpm na estrada, privilegiando a economia de combustível. Posicione a alavanca de câmbio no modo Sport e descubra o demônio que há dentro do jipão. O Range Rover eleva o giro e troca de marchas de maneira quase imperceptível. É empurrão em cima de empurrão e, acredite, mesmo com 4,85 m de comprimento e 1,98 de largura, este Land Rover se torna um brinquedo ágil. Cada ultrapassagem se torna uma diversão, principalmente após reduzidas nas borboletas instaladas atrás do volante.


Parte dessa desenvoltura se deve à tecnologia da carroceria chassi que formam uma peça única e feita 100% de alumínio. A marca britânica alega que a adoção deste material e a retirada de outros fez com que o jipão perdesse mais de 400 kg em relação à última geração. A carroceria ficou ainda 25% mais rígida, o que garante um conforto exemplar na estrada. O grandalhão faz curva como esportivo pequeno, com carroceria firme e suspensão (i-n-t-e-i-r-a de alumínio) e a ar ajustável. É ela que mantém o jipão estável na curva, acompanhada das siglas tecnológicas que são itens de praxe em modelos deste porte e preço: ABS, EBD, ESP, HDC, etc...



Os números provam que o Range Rover deixa muito esportivo compacto pra trás. De acordo com a marca britânica, o jipão acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e com velocidade máxima limitada em 210 km/h.  O consumo de combustível não é dos melhores, mas está longe de ser exagerado para um modelo grande como o Range Rover – sua média mais baixa ficou na casa de 6 km/l na estrada – se mantendo bastante na casa dos 7 km/l. De acordo com a Land Rover, esta versão reestilizada e com aerodinâmica bem superior ao antigo modelo “quadradão” ficou 15% mais econômica.


Brigador no asfalto, o Range Rover mostra seu instinto animal de verdade quando coloca a pata na lama, na terra seca, na pedra ou o que mais vier pela frente. A altura livre do solo de 278 mm é só um dos atributos que fazem este jipão encarar até rios razoavelmente altos. O sistema Terrain Response, que permite regulagens para tipos diferentes de solo – até mesmo aqueles que você nunca irá usar no Brasil, como a neve – é seu outro trunfo. Dá dó de colocar as rodas de 20 polegadas, calçadas com pneus 275/40 na terra, mas o Land Rover não nega fogo. É talvez o mais apto para isso em seu segmento.



PTIMEIRA CLASSE

Com comportamento dinâmico e desempenho digno de esportivo, o Range Rover cativa aqueles que gostam de um carro passível de direção agressiva. Mas e para quem busca em um carro espaço e conforto, este Land Rover está pronto? Mais do que isso. Viajar a bordo do Land Rover é como entrar na primeira classe das melhores companhias aéreas do Oriente Médio.


Couro de alta qualidade e uma sequência de botões espalhados por todos os lados do cockpit de deixar qualquer piloto de avião invejado. Dê a partida e se impressione com a tela que reproduz instrumentos atrás do volante, assim como a central multimídia com sinal de TV digital, informações sobre o carro, ar-condicionado, navegador e Bluetooth. A qualidade dos revestimentos é excelente, assim como o conforto dos bancos. Largos, eles possuem abas que agarram motorista e passageiro.


Há ainda uma série de outros mimos ali dentro, como aquecedor de bancos e volante, memória para posição dos bancos elétricos e um gigantesco teto-solar. Quem viaja atrás desfruta de um ótimo espaço para as pernas e cabeça, mérito das linhas “quadradonas” que eternizam o utilitário esportivo lançado em 1979. Há ainda um porta-malas generoso capaz de transportar até 535 litros de bagagem.


Com a agilidade de um esportivo no asfalto e a desenvoltura de um autêntico Land Rover na terra, o Range Rover não esquece de oferecer espaço e conforto para seus passageiros. É disso que o faz um dos modelos mais completos do mercado, reunindo o melhor dos mundos. O ponto negativo fica por conta do preço elevado – algo que não é exclusividade em seu segmento. Se não é o melhor do mundo para alguns, pode-se dizer ao menos que o Range Rover reúne o melhor dos mundos.

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