Nissan March Rio 2016 corre atrás de uma medalha

Versão especial investe no bom custo-benefício e visual jovem

8.6

Overview

A convivência com o March Rio 2016 foi boa. O compacto da Nissan tem boas qualidades mecânicas, é econômico, e a versão chega com um bom custo-benefício em termos de equipamentos. É uma boa compra ainda mais se você for fã de Olimpiadas. Caso contrário,tire o excesso de maquiagem do modelo depois do fim dos jogos. 


  • + Visual esportivo pode agradar quem quer fugir do comum
  • + Modelo tem bom custo-benefício por conta dos opcionais
  • + Conjunto mecânico é eficiente
  • - Visual que lembra Olimpíada deve ficar datado
  • - Projeto de alguns anos começa a ficar datado
  • - Dimensões não estão entre as maiores do segmento
 
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Confesso que não sou fã de modelos fantasiados de esportivos e muito menos daqueles alusivos a grandes eventos. Quem não se lembra de VW Gol Copa, Chevrolet Onix Lollapalooza, Palio 500 anos e por aí vai? O que dirá de um modelo que une camuflagem esportiva embalado em pacote de série especial?

Por isso, quando o Nissan March Rio 2016, em referência as Olimpíadas que acontecem na cidade maravilhosa, chegou para teste o ânimo não foi dos maiores.  A implicância tomou corpo há alguns anos por dois motivos básicos. Um porque na maioria das vezes as versões ficam datadas rapidamente. Basta passar o evento para o carro perder o sentido. Segundo é o exagero cometido por algumas marcas na hora de enfeitar o pavão. Um caso emblemático foi o do Smart ForTwo Brazilian edition. Foram feitas 100 unidades para a Copa do Mundo de 2010, o carro trazia na pintura as cores da seleção, fazia sentido na época, mas hoje é um dos maiores retratos do que é um mico.

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A marca japonesa, que é patrocinadora do evento, não podia deixar a oportunidade passar em branco e tratou de encomendar 1.000 unidades, todas elas devidamente numeradas, de seu hatch de entrada. Para impressionar a arquibancada, a base para a versão escolhida foi a top de linha, SL equipada com motor 1.6L, que custa na tabela R$ 53.590, apenas R$ 400 mais em conta que a série comemorativa. Ponto para a Nissan neste sentido, já que o custo-benefício do modelo melhorou.

Tenho que confessar também que o trabalho feito pela Nissan no visual ficou interessante. São três as opções de cores para a carroceria, branca, prata ou preta. Esta última foi a cedida pela Nissan para o nosso teste. A transformação do March coube ao estúdio de design que a marca mantém no Rio de Janeiro.

O grupo brasileiro tratou de caprichar no visual, do jeito que o brasileiro gosta. O hatch recebeu spóilers frontal e traseiro, saias laterais, faróis e lanternas com máscaras escuras. A versão ainda ganhou toques na cor laranja. O destaque fica para uma das colmeias da grade dianteira pintada na cor laranja e que traz a marcação da numeração correspondente a unidade. Na traseira, aerofólio e saia com dois extratores, também com contornos em laranja. O teto é pintado em preto em qualquer uma das configurações de cores. Por ser preta, a nossa unidade ficou bem discreta.

A diferenciação estética da série especial segue também na parte de dentro. Os tapetes, por exemplo, ganharam bordados com a inscrição Rio 2016 e costuras em laranja. Para que você não se esqueça de que trata-se de uma série comemorativa, a Nissan instalou na traseira e lateral um emblema alusivo a Olimpíadas. Pelo menos não ficou exagerado.

 

IMAGE

Versão bem recheada

A Nissan fez questão de colocar uma boa dose de equipamentos para deixar mais atrativa a série especial. Ponto para o custo-benefício. A versão vem com direção elétrica, ar-condicionado digital, volante multifunção, sensores de estacionamento traseiro, rodas de liga leve, vidros dianteiros e traseiros elétricos, entre outros. 

Além disso, a versão vem de fábrica com o pacote “Multi”, que inclui o novo sistema multimídia da Nissan Multi-App, com tela de 6,2 polegadas sensível ao toque, leitor de CD e DVD, download de aplicativos e sistema Android. Câmera de ré e ar condicionado digital também fazem parte do pacote. Ou seja, a versão é muito bem recheada.

 

Revisões

10.000 km

R$ 249

20.000 km

R$ 379

30.000 km

R$ 359

40.000 km

R$ 499

50.000 km

R$ 359

60.000 km

R$ 499

Motorização

Apesar da rolpagem de velocista, o March Rio 2016 está mais para um corredor de 1.500 metros. Não é muito devagar, mas também não tem aquela explosão. O modelo é equipado com motor 1.6 flex de 111 cavalos de potência a 5.600 rpm e 15,1 kgf.m de torque. O câmbio é manual de cinco velocidades. Não houve uma calibragem especial para a versão comemorativa. Trata-se do mesmo 1.6L que equipa as demais versões. O propulsor está ajustado para a economia de combustível, tanto que recebeu nota A na prova de etiquetagem de consumo do Inmetro.

No dia a dia, o modelo desempenha bem as funções na cidade. A direção elétrica tem o peso certo e não cansa nas manobras. Já a alavanca de câmbio poderia ter engates mais precisos. As dimensões do March são compactas. Quatro adultos viajam sem muito espaço extra. Um quinto ocupante só se for criança. O porta-malas de apenas 265 litros não está entre os maiores da categoria. 

Conclusão

A convivência com o March Rio 2016 foi boa. O compacto da Nissan tem boas qualidades mecânicas, é econômico, e a versão chega com um bom custo-benefício em termos de equipamentos. O seguro para um homem de 35 anos, casado, morador de São Paulo ficou em R$ 3.860 no site Auto Compara, o que deixa o modelo na média dos concorrentes. Já a revisão com o preço fixo e valores atrativos agrada. Enfim, o March Rio 2016 é uma boa compra ainda mais se você for fã de Olimpiadas. Caso contrário, basta tirar o excesso de maquiagem do modelo depois do fim dos jogos. 

Ancora: Conclusão Score

  • No Bolso8.7
  • Tecnologia9.0
  • Vida a bordo8.2
  • Desempenho8.5
  • Opinião do repórter8.3
  • + Visual esportivo pode agradar quem quer fugir do comum
  • + Modelo tem bom custo-benefício por conta dos opcionais
  • + Conjunto mecânico é eficiente
  • - Visual que lembra Olimpíada deve ficar datado
  • - Projeto de alguns anos começa a ficar datado
  • - Dimensões não estão entre as maiores do segmento
 
8.6

  • Rodrigo Ferreira
  • Editor, amante dos carros desde criança e colecionador de revistas automotivas. Seu passatempo preferido é viajar de carro ouvindo um bom rock. No mundo automotivo, tem uma queda pelas peruas e pelos esportivos. Quando não está fuçando sobre carros tenta a sorte nas quadras de tênis.
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