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Kicks encara HR-V e Renegade: faça sua aposta!

Nossos especialistas analisaram os três SUVs compactos para que você escolha qual levar para sua garagem


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A briga é de cachorro grande. Até agora, quem entrou na rinha com Honda HR-V e Jeep Renegade saiu com, no mínimo, escoriações. O mais novo pitbull a querer desafiar a dupla de utilitários esportivos compactos é o Nissan Kicks. Apresentado como conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2014 e oficialmente ao mundo, já como modelo de produção, sob as luzes da tocha dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o ‘japa’ importado do México aposta em armas que o torna, pelo menos na teoria, muito competitivo: espaço interno, equipamentos de série e preço competitivo diante da concorrência. A pergunta que fica, então, é a seguinte: tem força para fazer HR-V ou Renegade pedir arrego? É o que decidimos ver...

Para este comparativo bolamos algo diferente. 'Jogamos' cada um dos SUVs compactos nas mãos de nossos especialistas - Iago Garcia acelerou o Honda; Rodrigo Ferreira avaliou o Jeep; e a Marcelo Monegato ficou a incumbência de testar o desafiante da Nissan -, mas o veredicto é seu. Quem, destes três, você levaria para sua garagem? Já adiantamos: será divertido, mas nem um pouco fácil...

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Nissan Kicks: novato

(por Marcelo Monegato)

Para se tornar competitiva, a Nissan tem adotado em vários dos segmentos que atua uma aposta que no Brasil faz todo sentido: preço atraente. Pela etiqueta dos seus veículos seduz mais que os concorrentes e com uma lista de equipamentos interessante ‘fecha’ a compra. Com o Kicks, a tática foi a mesma. E tem dado certo. Em setembro, por exemplo, já se tornou o modelo da marca japonesa mais vendida por aqui, com 2.367 emplacamentos, segundo dados da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) – Renegade teve 4.456 e HR-V, 3.234.

Com preço inicial partindo de R$ 89.990 (3 anos de garantia, sem limite de quilometragem) em sua única versão 1.6 SL, o Nissan chega como o mais barato entre os concorrentes. Seu valor pode atingir R$ 93.840, caso o comprador opte pela combinação de carroceria grafite e teto laranja. O preço médio da apólice do seguro ficou em R$ 3.510 e o preço das revisões periódica até 60.000 km, em R$ 2.994 – ambos mais em conta, também.

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Preços das Revisões - Nissan Kicks

10.000 km ou 12 meses

R$ 419,00

20.000 km ou 24 meses

R$ 579,00

30.000 km ou 36 meses

R$ 419,00

40.000 km ou 48 meses

R$ 579,00

50.000 km ou 60 meses

R$ 419,00

60.000 km ou 72 meses

R$ 579,00

O Kicks também chega completo, sem opcionais (além do teto). Bancos, volante e manopla do câmbio revestidos em couro (preto), ar-condicionado digital, direção elétrica, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), controles de tração e estabilidade, sensor de estacionamento traseiro, câmera 360°, Isofix, auxiliar de partida em rampa, travas e vidros elétricos, faróis de neblina, rodas de liga leve de 17 polegadas (pneus 205/55 R17) e central multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque vêm de fábrica.

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Internamente, o acabamento do Nissan me agradou. Os materiais são de qualidade – peças emborrachadas e cromadas estão muito bem encaixadas, sem folgas ou rebarbas. Ponto também para o bom isolamento acústico. Em termos de medidas, o Kicks vai ao encontro do HR-V. Os ‘japas’ têm o mesmo comprimento (4,29 metros) e altura (1,59 metro), mas o Nissan é 1 cm maior na distância entre os eixos (2,62 metros) e 1 cm mais estreito (1,76 metro). Já o porta-malas é 5 litros menor em relação ao Honda, com 432 litros.

Rodando, o Kicks atende muito ao que se propõe – um elogio, levando em conta que performance é importante, mas entre SUVs compactos, definitivamente, não é tudo. O motor 1.6 16V bicombustível e 114 cv de potência, tanto com etanol quanto com gasolina, está em sintonia com a transmissão automática CVT. Apesar de o torque de 15,5 kgf.m aparecer a medianas 4.000 rotações, as acelerações e as retomadas são ‘ok’ – especialmente para um ‘corpinho’ que pesa 1.142 kg. No entanto, é fato: o desempenho não é o melhor entre os seus concorrentes.

Os índices de consumo estão condizentes com os demais concorrentes – Kicks recebeu nota A na categoria e B, no geral, no teste do Inmetro. Com etanol, os números na cidade e na estrada são 8,1 km/l e 9,6 km/l, respectivamente. Já com gasolina no tanque, o Nissan fez 11,4 km/l na rodovia e 13,7 km/l, nas ruas e avenidas.

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Honda HR-V: experiente

(por Iago Garcia)

“Eu uso o necessário, somente o necessário. O extraordinário é mais. Digo o necessário. Somente o necessário. Por isso que essa vida eu vivo em paz”. A música que o urso Balu canta para Mogli nas  histórias infantis, é, mais ou menos, o que a Honda canta para o seu consumidor ao vender o HR-V EX.

Por R$ 93 mil, o SUV te oferece tudo o que você precisa para dirigir numa boa. O ar-condicionado é digital. O sistema de rádio é simples, com entrada USB, conexão Bluetooth e tela de 5 polegadas – onde são mostradas as imagens da câmera de ré. O volante é revestido em couro e leva os comandos do rádio e do cruise control. A coluna de direção tem altura e profundidade ajustáveis, assim como o banco do motorista. Com três anos de garantia, os custos das revisões até 60 mil km fecham em R$ 4.090. A apólice do seguro gira na casa dos R$ 3.700.

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Preços das Revisões - Honda HR-V

10.000 km ou 12 meses

R$ 262,00

20.000 km ou 24 meses

R$ 470,00

30.000 km ou 36 meses

R$ 485,00

40.000 km ou 48 meses

R$ 1.465,00

50.000 km ou 60 meses

R$ 485,00

60.000 km ou 72 meses

R$ 1.408,00

O conjunto do motor 1.8 flex de 140 cv e o ótimo câmbio automático CVT é ideal para a maioria das situações. Na estrada, por exemplo, é silencioso e bebe sem exagero, com média de 8,5 km/l e 12,1 km/l com etanol e gasolina, respectivamente. Na cidade, 7,1 km/ e 10,5 na mesma ordem – números bons, mas não extraordinários.

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A suspensão tem conjunto McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Sem extravagâncias, mas o ótimo acerto do sistema garante que o SUV rode liso e estável até nas ruas mais esburacadas que você conseguir encontrar, mesmo calçando rodas de liga leve de aro 17.

Junte isso à direção elétrica também equilibrada, o isolamento acústico caprichado e o ótimo espaço disponível dentro dos 2,61 metros de entre-eixos, e a cabine do HR-V é tão confortável quanto a sala da sua casa – ainda sobra bom espaço para quem vai no banco de trás e para os 437 litros de porta-malas. Os freios à disco nas quatro rodas, o ABS com EBD, e os controles de tração e estabilidade também merecem destaque.

Sinceramente, você precisa de mais alguma coisa? Então, por R$ 93 mil, talvez não precise, mas vai querer. Você vai querer uma central multimídia com tela sensível e GPS integrado. Uns airbags de cortina também cairiam bem junto com os frontais. Além dos bancos revestidos em couro, um acabamento mais refinado e interior com materiais mais sofisticados.

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Jeep Renegade: queridinho

(por Rodrigo Ferreira)

“Non me ne frega un cazzo” (“Eu não dou a mínima”, em português), berraria o Jeep Renegade em bom italiano e sem cerimônia para a concorrência nipônica. O SUV ítalo-americano foge do politicamente correto irritante dos rivais. É de longe o que traz mais personalidade na sua proposta. Abusa das formas quadradas, das referênias à tradição da marca e transpira um estilo descompromissado e divertido. Talvez por conta disso seja o mais sedutor dos três, sem dúvida.

O Renegade faz questão de ser diferente da concorrência em vários aspectos. Enquanto Nissan e Honda atacam com econômicos motores 1.6 e 1.8, respectivamente, com seus cabeçotes em alumínio, o Jeep prefere um antiquado 1.8 flex de origem Fiat com bloco de ferro fundido e o arcaico tanquinho no compartimento do motor.

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Se os rivais utilizam câmbio CVT para deixar a viagem mais tranquila e monótona, o Renegade prefere um automático de seis marchas com opção de troca por borboletas atrás do volante. Até parece que a proposta é esportiva.

A vida com este conjunto não é das mais fáceis, principalmente por conta das constantes paradas para reabastecimento. De acordo com números do INMETRO, o Renegade faz, com etanol, 6,7 km/l na cidade e 7,4 km/l na estrada. Com gasolina os números saltam para 9,6 km/l e 10,7 km/h nas ruas e rodovias, respectivamente – números realmente inferiores aos japoneses. As acelerações também não são as mais vigorosas e muitas vezes é preciso uma dose de paciência nas retomadas. Mas tudo bem, o clima com este Jeep é mesmo o de aproveitar a paisagem. Além disso, a Jeep mostrará em breve uma evolução do propulsor, com mais torque e potência – e, esperamos, menor consumo de combustível.

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Mas nem tudo joga contra no Jeep. Outro ponto em que o Renegade se difere dos rivais é na suspensão. É o único a utilizar um eficiente sistema independente nas quatro rodas. Mesmo com maior peso na dianteira, o SUV se comporta bem nas curvas mais fechadas e rola pouco a carroceria. A dianteira escapa apenas próximo do limite. O jipe conta ainda com controle anticapotamento, tração e estabilidade, além de faróis diurnos (DRL) em todas as versões.

Assim como o HR-V, o Renegade traz freios a disco nas quatro rodas (falha grave no Kicks, que usa tambor na traseira) e freio de estacionamento elétrico.

A lista de equipamentos na versão Longitude, oferecida por R$ 90.490, traz ainda ar-condicionado digital de duas zonas (único), banco do passageiro com porta objeto sob o assento, câmera de ré, comandos do som e bluetooth no volante, computador de bordo e controlador/limitador de velocidade. As revisões acontecem a cada 12 mil quilômetros, ao custo de R$ 3.772 até os 60.000 km. Já o custo do seguro é de R$ 4.095. É o valor mais elevado, mas dentro da média do segmento.

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Tá certo que o espaço interno não acomoda mais do que quatro adultos, que o porta-malas é de longe o menor dos três rivais (com meros 273 litros), que a central multimídia de apenas cinco polegadas não é compativel com Apple Car Play ou Android Auto e parece ter sido projetada na década passada. Mas se você quer um carro divertido, com atitude e um estilo aventureiro, o Jeep Renegade é o seu carro. O resto “che me ne frega um Cazzo”.

Preços das Revisões - Jeep Renegade

12.000 km

R$ 388,00

24.000 km

R$ 750,00

36.000 km

R$ 835,00

48.000 km

R$ 757,00

60.000 km

R$ 1.042,00

Veredicto

Agora a 'bomba' está na sua mão. Quem você compraria: Nissan Kicks, Honda HR-V ou Jeep Renegade?

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