Jaguar Land Rover pode comprar a inglesa Vauxhall

Marca 'irmã' da Opel acabou de ser comprada pela PSA

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Lucas Cravo
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O dinheiro da gigante Tata fez maravilhas pelas inglesas Jaguar e Land Rover, duas marcas que estavam “esquecidas” sob o comando da Ford, com produtos defasados e problemas crônicos de confiablidade. Desde 2008, quando foi comprado pela indiana, a grupo já lançou seis novos carros: os Jaguar F-Type, XE e F-Pace, além dos Range Rover Evoque, Discovery Sport e Range Rover Velar, este, recém-lançado. E olha que nessa conta nem entram as atualizações dos sedãs XJ e XF da Jaguar e ainda a dupla Range Rover e Range Rover Sport. Sem contar os lançamentos foram investidos R$ 2 bilhões na construção de uma fábrica para a nova família de motores modulares Ingenium, que estará em todos os modelos do grupo.

Mudanças rápidas e profundas que resultaram num volume de mais de 580 mil veículos vendidos no mundo todo em 2016, quase o triplo do volume de 2008. O CEO Ralf Speth acha pouco, então a próxima meta de vendas para o grupo é de 1 milhão de veículos por ano. Para montadoras de carros luxo, esse volume parece ser impossível de ser atingido. Mas vale lembrar que BMW e Mercedes-Benz têm atingido o dobro disso, então o grupo Jaguar Land Rover precisa se mexer.

E “se mexer” pode significar comprar outra montadora. No caso, a Vauxhall, marca britânica irmã da Opel, divisão alemã que pertencia a General Motors. Recentemente, ambas foram vendidas para o Grupo PSA, já que a GM estava perdendo dinheiro com elas, e Peugeot e Citroën podem tirar proveito de mais uma marca (que comercializa um milhão de veículos por ano, em média) para distribuir os custos de desenvolvimento de motores e plataformas novos. O problema é que a Vauxhall é uma marca comercializada apenas no Reino Unido, com 250 mil veículos vendidos anualmente, e a PSA teria que se preocupar em produzir os carros num país que acabou de se separar da União Europeia. Ou seja, muita dor de cabeça para pouco retorno.

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Como a dor de cabeça de uns é a galinha dos ovos de ouro de outros, a JLR enxerga aí uma oportunidade de atingir o tão sonhado milhão de veículos vendidos, sem a necessidade de “popularizar” seu nome fazendo carros de menor prestígio. Além disso, sendo uma operação propriamente britânica (apesar do dinheiro indiano), a saída da UE não tem o mesmo impacto, e, talvez o mais interessante, uma marca originalmente inglesa voltaria a ser comandada por ingleses. Tudo em harmonia novamente na indústria automotiva.

Felizmente para o grupo, não haveria a necessidade de desenvolvimento do zero de novas plataformas para carros menores. Alguns engenheiros da Jaguar já estavam trabalhando em conjunto com a Tata para melhorar os produtos da marca, que chegou a desenvolver plataformas modulares para os compactos e que devem ser aproveitadas pela nova Vauxhall, podendo haver melhorias necessárias. Isso seria benéfico para todas as partes envolvidas, já que permitiria volume e qualidade para a indiana se inserir em novos mercados, e para a Vauxhall estrear no resto do mundo, em mercados onde nem mesmo Jaguar e Land Rover têm participação.

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