General Motors suspende operações na Venezuela

Montadora teve a fábrica ocupada pelo governo local. País vizinho fabricou menos de 3.000 veículos no ano passado

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Redação WM1
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General Motors anunciou a paralisação das suas operações na Venezuela, após a fábrica da montadora na região de Valencia ser confiscada pelo governo local. Por meio de comunicado, a montadora informou que vai reivindicar na Justiça a retomada da unidade, em meio a uma crise política e econômica que afeta o país sul-americano.


Nesse comunicado, a GM também afirmou que o governo do presidente Nicolás Maduro também confiscou equipamentos e veículos da filial venezuelana, que mantém 79 concessionárias e mais de 2,6 mil colaboradores diretos. Ainda de acordo com a empresa, seus fornecedores correspondem a mais de 55% da indústria local de autopeças.

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Fundada em 1948, a GMV (General Motors Venezuela) opera no país vizinho, como no Brasil, com a marca Chevrolet. Porém, enquanto aqui a marca vende 14 modelos de automóveis, SUVs e picapes, na Venezuela são oferecidos apenas três modelos de carros: a minivan Orlando e os sedãs Aveo (a antiga geração do Sonic) e Cruze - no caso, ainda da primeira geração, enquanto aqui a segunda geração foi lançada há cerca de um ano. O quarto modelo comercializado pela Chevrolet no mercado venezuelano é o caminhão compacto NPR.

 Chevrolet Aveo Sedan 2006
Chevrolet Aveo Sedan 2006
Legenda: Chevrolet Aveo Sedan 2006
Crédito: Chevrolet Aveo Sedan 2006
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A Chevolet é apenas a sexta montadora da Venezuela em volume de vendas, em um mercado que por si só já é pequeno. No ano passado, o país produziu somente 2.768 veículos, contra 170 mil em 2007. Para se ter uma ideia, em 2016 a produção no Brasil foi de 2,15 milhões de unidades, mesmo com um recuo de 11% em relação a 2015. A maior parte dos veículos comercializados lá é importada da China.


A crise econômica na Venezuela se agravou em 2015 e 2016 e atingiu em cheio a indústria automotiva local, que sofre com falta de autopeças, tem acesso restrito a dólares pelo governo local e está proibida de enviar recursos para o exterior.


A General Motors, apesar da paralisação das atividades na fábrica de Valencia, informou que seguirá atendendo os clientes na rede de concessionárias, inclusive com serviços de manutenção e pós-venda.

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