Peugeot 2008 escolhe o custo-benefício para encarar o EcoSport

Modelo vai de R$ 67.190 até R$ 79.590 e tem nos equipamentos a sua melhor arma
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Rodrigo Ferreira
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A Peugeot resolveu mostrar uma arma diferente para desafiar a liderança de vendas do Ford EcoSport. Enquanto Honda HR-V, Jeep Renegade e Renault Duster (só para citar os que foram lançados ou atualizados este ano) colocaram suas fichas em variações de SUVs compactos, a marca francesa joga os seus dados em um crossover, o 2008. Além do visual moderno, o modelo feito em Porto Real (RJ) quer conquistar os compradores pelo bom custo-benefício.

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O Peugeot 2008 chega ao mercado em três versões de acabamento (Allure; Griffe e Griffe THP), duas opções de motores (1.6L 16v Flex e 1.6L THP Turbo) e possibilidade de câmbio manual de seis velocidades ou automático de quatro. Os preços vão de R$ 67.190 até R$ 79.590. As vendas começarão em meados de maio, mas a partir do dia 11 de abril já poderá ser feita a pré-reserva do modelo.

De perto, o 2008 lembra mais uma station wagon (perua) anabolizada do que um utilitário esportivo. A suspensão é elevada, são 20 centímetros de altura do solo, o que é bom para encarar buracos e rodovias mal cuidadas.A grande área envidraçada amplia a sensação de espaço à bordo. Porém, nas dimensões o modelo fica devendo aos concorrentes recém-apresentados.

No comprimento, por exemplo, o Peugeot traz 4,15 metros, enquanto o Jeep Renegade mede 4,24 m. Na largura, são 1,79 m para o 2008 contra 1,82 m do Renault Duster. Já no entre-eixos, o modelo de origem francesa apresenta 2,54 metros enquanto o Honda entrega 2,62 metros. Mesmo com dimensões menores que os rivais, o Peugeot transporta com facilidade quatro adultos. Tudo por conta do desenho que mistura elementos de hatch, minivan e até SUV.

 

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Um recurso bem adotado pelo crossover é o grande teto panorâmico. Segundo a marca, são 0,60 m² de área envidraçada. Um pequeno sobressalto no teto dá conta de acomodar bem pessoas com mais de 1,70 m do banco traseiro.

O desenho segue semelhante ao adotado no hatch 208. Isso significa faróis dianteiros alongados ao máximo, grade frontal pronunciada, capô vincado ostentando o símbolo da marca e muitos cromados. Na traseira, o destaque vai para a lanterna que invade parte da lateral e que, segundo a marca, lembra a garra de um leão. O desenho é harmonioso e condiz com a proposta do veículo, urbano, jovem e descolado.

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O interior lembra muito o irmão mais velho e menor, o 208. Estão presentes o quadro de instrumentos elevado, o volante pequeno e até a central multimídia de sete polegadas sensível ao toque. Assim como no hatch, o Peugeot 2008 prima pela ergonomia dos equipamentos. É fácil encontrar a melhor posição de dirigir. Para ajudar na tarefa, todas as versões contam com regulagem manual de altura e distância do assento e da direção, que é elétrica progressiva (muito boa por sinal). Os bancos acomodam bem os ocupantes e o nível de encaixe dos materiais é bom, apesar de haver um certo abuso de plásticos pela cabine.

Custo-benefício

Um dos trunfos da Peugeot frente a concorrência é o bom custo-benefício. Por isso, desde a versão mais básica, a Allure manual (R$ 67.190), o 2008 vem bem equipado. Entre os itens de série estão: ar-condicionado digital bi-zone, quatro airbags (dianteiros e laterais), piloto automático, multimídia com GPS de sete polegadas sensível ao toque, alarme, rodas de liga leve aro 16, luzes diurnas em LED, faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro, vidro, trava e retrovisores elétricos, volante com comando do rádio, entre outros. O Ford EcoSport, por exemplo, sai por R$ 66.900 e não traz a maioria destes equipamentos de série. O Jeep Renegade, que parte de R$ 69.900, também fica devendo a maioria destes equipamentos em sua versão de entrada.

A versão Griffe equipada com motor 1.6L FlexStart de 122 cavalos de potência, acrescenta ao pacote: teto solar panorâmico, sensor de estacionamento também na dianteira, limpador de para-brisa automático, faróis com acendimento automático, airbags de cortina e bancos forrados em couro. Tudo isso por R$ 71.290.

A Peugeot ainda faz propaganda de oferecer o câmbio automático mais em conta do mercado. Por mais R$ 3.700 é possível levar a caixa de quatro velocidades com borboletas atrás do volante independentemente da versão. 

A caixa só estará disponível para as versões equipadas com o motor 1.6 FlexStart. Em uma primeira volta com o 2008 equipado com este câmbio foi possível perceber que os engenheiros da marca trabalharam bem no acerto para o novo modelo. As trocas são suaves e não há atraso na resposta em saídas. Porém, a idade cobra o seu preço. A 120 km/h, por exemplo, o motor trabalha acima das 3.000 rotações e o barulho dentro da cabine é acima da média. O consumo também paga o preço de uma caixa com certa idade. Na medição do Inmetro, a versão com este câmbio obteve apenas nota B em consumo.

Estranhamento a Peugeot não oferece ( e não tem planos de oferecer no futuro) câmbio automático para o seu propulsor 1.6L turbo de 178 cv, presente na versão topo de linha, a Griffe THP. Nos modelos maiores, como o 408, a marca traz opção de caixa automática de seis marchas junto como o motor desenvolvido em parceria com a BMW.

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Com isso, resta ao comprador que desembolsar R$ 79.590 para levar para a casa a versão mais completa do Peugeot 2008 apenas o câmbio manual de seis marchas.

A versão traz entre os equipamentos de série um interessante seletor chamado de grip control. São cinco opções de pista (normal, neve, lama, areia e off). O mecanismo atua no controle de tração, que se adapta ao tipo de terreno. Na lama, por exemplo, onde é preciso mais torque o sistema permite que as rodas continuem girando em falso até que haja uma maior aderência ao terreno. Isso permite sair de pequenos atoleiros sem problemas. Não chega a ser uma caixa com reduzida, igual a presente no Jeep Renegade à diesel, mas dá conta de obstáculos em estradas com baixa aderência.

Se o 1.6 FlexStart fica limitado por causa do câmbio automático, o 1.6 THP com 178 cv, que recebe o título de maior potência da categoria, dá conta do recado com muita folga. É preciso dosar o pedal do acelerador nas saídas para não perder a tração. O propulsor demora um pouco para acordar em baixas rotações, mas uma vez desperto, empurra o 2008 com agressividade.

A Peugeot é bastante cautelosa ao falar de números de venda. Segundo o diretor de marketing da marca, Frcaptionico Battaglia, o grupo espera vender cerca de 1.000 unidades do 2008, por mês, até o fim deste ano. Sendo que 70% deste volume deverá trazer o câmbio automático. É pouco para um segmento que deverá crescer mais de 20% em 2015. Vale lembrar que o EcoSport no ano passado ultrapassou a casa das 50 mil unidades.

Peugeot 2008

 

 

Versão

Preço

Tabela FIPE WebMotors

Allure mecânico

R$ 67.190

Allure automático

R$ 70.890

Griffe mecânico

R$ 71.290

Griffe automático

R$ 74.990

THP mecânico

R$ 79.950

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