Onix e Prisma Joy têm 'cara velha' e 'recheio' ok

Hatch sai por R$ 38.990 e sedan por R$ 42.990

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Marcelo Monegato
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A Chevrolet apresentou nesta sexta-feira, em Indaiatuba (SP), a versão de entrada Joy dos modelos Onix e Prisma. Equipada com motor 1.0 e relativamente bem ‘recheada’ de itens de série para ser a ‘pé de boi’ da turma, esta opção mantém o mesmo visual da geração anterior dos dois modelos. Com esta configuração ‘pop’, a Chevrolet oferece uma alternativa para os consumidores nada ‘encanados’ com a imagem, mas totalmente preocupados em conseguir pagar o boleto do financiamento em dia. O Onix Joy parte de R$ 38.990 e o Prisma Joy, de R$ 42.990.

Direção com assistência elétrica progressiva, ar-condicionado e vidros elétricos nas portas dianteiras são de série, assim como o OnStar, que para os Joy está disponível com um pacote mais simples de serviços, como recuperação do veículo em caso de roubou ou furto, diagnóstico de itens do veículo (pressão dos pneus, por exemplo), e também alerta de movimentação do veículo, tudo por intermédio de um aplicativo próprio para smartphones. Por isso, ao contrário dos outros modelos, não há um botão junto ao espelho retrovisor interno para entrar em contato com a central para solicitação de informações. O serviço é cortesia por 12 meses e, posteriormente, será cobrado. O valor, porém, não foi revelado.

PREÇOS

Chevrolet Onix Joy

R$ 38.990

Chevrolet Prisma Joy

R$ 42.990

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Travas elétricas, central multimídia – que não é sequer MyLink da primeira geração – e sistema de som são acessórios que podem ser adquiridos nas concessionárias.

O acabamento interno passou por uma leve revisão. Os bancos estão com novo revestimento. Há bastante peças plásticas, que tem encaixes satisfatórios e qualidade ‘ok’ para um veículo de entrada. No Onix, o painel das portas foi redesenhado, melhorando a posição do puxador – antes muito baixo -, mas perdendo os comandos dos vidros elétricos, que passam a ficar no console central, entre os bancos do motorista e do passageiro – lembrou o velho Peugeot 206... Já o Prisma manteve o mesmo painel da porta, com comando dos vidros elétricos e o puxador baixo.

O painel de instrumentos manteve o conta-giros analógico e velocímetro digital. A novidade fica por conta da iluminação, que abandona o ‘usado, abusado e já manjado’ Ice Blue para uma iluminação amarelada, que oferece boa visualização. Há também indicador de mudança de marcha.

Chevrolet Onix Joy
Chevrolet Onix Joy
Crédito: Chevrolet Onix Joy
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Refinar a eficiência

O motor 1.0 8V bicombustível de quatro cilindros passou por uma série de modificações para ganhar em eficiência. Peças e materiais foram revistos, assim como os modelos eletrônicos foram reprogramados. A potência máxima é de 78 cv (gasolina)/80 cv (etanol) a 6.400 rpm e torque de 9,5 kgf.m (g)/9,8 kgf.m (e) a 5.200 giros. De acordo com a Chevrolet, o índice de consumo para o Onix Joy ficou em 12,9 km/l (g)/9,1 km/l (e) em circuito urbano e 15,3 km/l (g)/10,8 km/l (e) em perímetro rodoviário. Para o Prisma Joy os números são 12,9 km/l (g)/9 km/l (e) na cidade e 15,6 km/l (g)/11,1 km/l (e) na estrada.

Tive um rápido contato com os dois modelos no campo de provas da Chevrolet em Indaiatuba. O conjunto mecânico mostrou-se bem acertado. O propulsor é voluntarioso e está em excelente sintonia com a nova transmissão manual de seis marchas, de engates precisos, silenciosos e manopla emborrachada. O escalonamento está muito bem feito. Destaque para a sexta marcha, que a 110 km/h faz o bloco trabalhar a 3.000 rpm – excelente faixa de giro -, mas o deixa completamente sem reação (para fazer uma ultrapassagem, puxar uma quinta ou mesmo jogar uma quarta é mais que ideal, é motivo de segurança).

Me chamou a atenção o silêncio no habitáculo. O trabalho de revestimento acústico foi muito bem feito. O barulho dos pneus verdes no asfalto era mais perceptível que o ruído do vento ou do motor.

Fgd 7373
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A direção elétrica está bem ajustada. Extremamente leve para manobras em baixas velocidades e com um enrijecimento progressivo à medida que os ‘km/h’ crescem. Ela até que está bastante direta, e ficou ainda melhor com a nova calibração da suspensão, que está 10 mm mais baixa e ficou nitidamente mais rígida. A olho nu é possível ver Prisma e, especialmente o Onix, mais ‘socados’. A juventude pira...

Resumindo

Não que R$ 38.990 seja uma ‘etiqueta barata’. No entanto, diante do atual cenário de preços estratosféricos, ter um hatch de entrada com bom espaço interno; direção elétrica, ar-condicionado e vidros elétricos (dianteiros) de série; e conjunto mecânico focado na eficiência por menos de R$ 40 mil é, para quem busca um zero-quilômetro de maneira racional e não tem muitas cifras no bolso, algo a se considerar. No caso do Prisma, o valor de R$ 42.990 – exatos R$ 11 mil menos que a configuração de entrada LT do novo Prisma – faz o olho do pai/mãe que precisa de espaço pensar em pegar o bônus do final do ano e trocar o sedãzinho velho de guerra, aquele Chevrolet Classic, o Renault Logan 1.0 da geração anterior ou Ford Fiesta Sedan, por algo menos enrugado...

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