Novo Chevrolet Cruze dá sentido ao nome Sport6

Hatch melhora com motor 1.4 turboflex e suspensão mais rígida, mas acabamento interno deixa a desejar

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Lukas Kenji
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Motor turboflex, nova transmissão, suspensão rígida e direção elétrica mais direta. Eis as armas do Chevrolet Cruze Sport6 para destronar o Ford Focus da liderança do segmento de hatches médios. O modelo lançado no Salão de São Paulo, realizado em novembro, chega às concessionárias nos próximos dias em três configurações a partir de R$ 89.990. O WM1 já acelerou o veículo que tem previsão de vendas de 1.500 unidades por mês.

A evolução dinâmica em relação à geração antecessora é enfática. Isso, graças ao propulsor 1.4 turboflex de injeção direta e 150/153 cv com gasolina e etanol, respectivamente. Ele casou bem com a transmissão de seis velocidades, o que não acontecia com o “antigo” 1.8 de até 144 cv. Embora a diferença de cavalaria seja pequena, o motorzão aspirado era mais pesado e entregava o toque em altas rotações.

Já o pico de força motriz do motor 1.4 é 24/24,5 kgf.m e desenvolvido por volta de 2.000 giros. A potência máxima, por sua vez, é emanada entre 5.600 e 6.000 rpm. Tais características tornam o novo conjunto mais ligeiro. A aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, é cumprida em 9 segundos (etanol).

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Crédito: Novo Chevrolet Cruze Sport6
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Outra otimização sensível foi no acerto de suspensão, mais duro e, consequentemente, mais esportivo perante o sedã. Mas isso não quer dizer que isso prejudicou o conforto. Aliás, vale frisar que o entre-eixos de 2,70 metros é o maior da categoria, e deixa bastante espaço para as pernas dos passageiros traseiros.

Além de melhora em performance, o Cruze Sport6 otimizou a eficiência energética muito por conta da adoção ao sistema start/stop. Na cidade, o desempenho é de 11,3 km/l e 7,6 km/l. Já em ciclo rodoviário, os números são de 13,6 km/l e 9,3 km/l, sempre na ordem gasolina e etanol. O lado ruim do sistema é que ele não pode ser desligado, o que pode gerar incômodo para alguns.

Em suma, o Cruze Sport6 2017 ficou muito mais prazeroso de guiar porque consertou a principal demanda da versão anterior, que era o trem-de força. Desta forma, o Chevrolet diminuiu a distância para o Golf em termos dinâmicos, uma vez que o Volks perdeu a suspensão multilink e o câmbio DSG de dupla embreagem e sete velocidades da versão 1.4 Highline.

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Em contrapartida, a qualidade do acabamento interno ficou bem distante tanto do Golf como de outros rivais como Ford Focus e Hyundai i30. Na versão testada, são nítidos problemas no encaixe de peças e qualidade dos materiais não é lá essas coisas. Para um veículo que parte de R$ 90 mil, era necessário mais capricho.

Outro vacilo é é a ausência de aletas atrás do volante. O motorista fica realmente vendido quando pressiona os botões atrás do volante e muda a estação do rádio, podendo pensar que escalonaria o câmbio. Se a proposta do carro é ter esportividade, esse item é primordial.

Agora, falando em preço, a GM foi bem na distribuição de equipamentos de série, o que não poderia ser diferente, tendo em vista de que o posicionamento do Cruze é brigar contra a concorrência a partir das versões mais completas, isto é, Ford Focus SE Plus 2.0, de R$ 94.400, e Volkswagen Golf 1.4 Highline, que sai por R$ 105.870, com transmissão automática.

A configuração de entrada LT traz controle eletrônico de tração e de estabilidade, freios ABS com EBD (distribuição da força de frenagem), frenagem de emergência, direção elétrica, start/stop, luz de condução diurna, controle de cruzeiro, abertura e fechamento dos vidros por controle remoto, monitoramento de pressão dos pneus, assistente de partida em rampa, sensor de estacionamento traseiro, bancos revestidos em couro, airbags frontais e laterais, isofix de fixação de cadeirinha infantil e central multimídia com tela de 7” e OnStar – tecnologia que tem três pacotes de mensalidades entre R$ 50 e R$ 80.

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Já a versão LTZ, de R$ 110.990, agrega ainda teto solar, airbags de cortina, faróis com regulagem de altura, luz de condução diurna em LED, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, sensor de chuva, sensor crepuscular, abertura das portas por sensor de aproximação na chave, partida por botão no painel, acionamento da ignição por controle remoto, retrovisores externos com rebatimento elétrico e aquecimento, retrovisor interno eletrocrômico, multimídia MyLink com tela de 8” com GPS, acabamento da grade e das maçanetas externas cromados, rodas de aro 17”com acabamento escurecido.

Por fim, há a configuração LTZ +, que sai por R$ 112.5440 e agrega itens de segurança ativa como alerta de colisão frontal e alerta de ponto cego, além de sistema de estacionamento semiautomático, banco do motorista com regulagem elétrica e carregador de bateria sem fio (item que não funcionou muito bem na versão testada).

Outro componente da configuração topo é o monitoramento de faixa de rolamento que atua sobre a direção do carro, num movimento semelhante ao dos luxuosos Volvo XC90 e Mercedes-Benz Classe E. No entanto, como não há ACC (Controle de Cruzeiro Ativo), o veículo não tem a capacidade de acelerar e freiar sozinho.

O Cruze Sport6 tem garantia de três anos e estará disponível nas cores Branco Abalone, Vermelho Edible Berries, Cinza Satin Steel, Preto Ouro Negro, Branco Summit, Prata Switchblade e as inéditas Vermelho Glory e Azul Petróleo.

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