Você já tinha visto aqui no WM1 que o Jeep Renegade 2017 ganhou mudanças no motor, na configuração dos equipamentos e uma nova versão topo de gama para o motor 1.8L, a Limited. Faltava saber como as alterações surtiram efeito no SUV. Adianto que o Renegade vai começar o ano mais ágil, econômico e, também (é claro), um pouco mais caro.
É fato que a marca precisava agir rápido para corrigir dois dos principais pontos de crítica do modelo, o baixo desempenho e o alto consumo do motor 1.8L Flex, afinal de contas nada menos que 75% dos Renegade vendidos no país têm esta configuração.
Há primeira volta na linha 2017 aconteceu hoje na chuvosa Florianópolis. Cenário perfeito para o SUV mais descolado da atualidade. A proposta do Renegade é a que melhor explora a imagem de vida fora da cidade. Não é à toa que sempre que penso no comprador deste modelo imagino um aventureiro.
Faltava um propulsor que fizesse jus ao imaginário do comprador. Bastou alguns metros para perceber que algo estava diferente desde o meu último contato. O primeiro impacto aconteceu no semáforo. O motor desligou sozinho. Culpa do sistema Start/Stop, que foi integrado a todas as versões, para melhorar a economia. Outra surpresa foi na arrancada do sinaleiro, o Renegade respondeu de pronto.
Segundo a marca, o propulsor 1.8L EtorQ Evo Flex recebeu coletor de admissão variável, além de alternador e bomba de combustível com ajustes eletrônicos. Com isso, o mapeamento de torque do motor também foi alterado. Ficou mais linear e com pico maior, sendo que 85% da potência está disponível a menos de duas mil rotações. Além disso, o propulsor entrega até 139 cavalos de potência máxima com etanol (sete a mais do que antes) e 135 cv com gasolina, ambos a 3.750 rpm.
A aceleração está mais linear. O mapeamento da caixa de câmbio automático de seis marchas da versão Longitude (testada) mudou e agora as primeiras marchas estão mais curtas, mantendo o Renegade “esperto” por mais tempo. Para uma tocada mais agressiva a Jeep instalou um botão Sport no painel central. O recurso muda a curva de aceleração e o mapeamento das trocas de marchas, que acontecem em uma rotação mais alta. Na prática, o Renegade fica mais divertido e também mais barulhento, mesmo que o isolamento acústico seja bom. Completa o kit “esportividade” as aletas para trocas manuais atrás do volante.
Durante o percurso de 60 quilômetros, boa parte dele feito em estrada, o Renegade cravou 8,3 km/l (abastecido com gasolina). Um valor ok, se considerando que foi feito com ar-condicionado ligado e sem se preocupar com economia de combustível.
A versão Longitude, que deve continuar a ser a mais vendida da gama, ficou R$ 500 mais cara com as alterações na linha 2017 e agora parte de R$ 90.990. Um valor competitivo na comparação com o seu maior concorrente, o Honda HR-V EX, que parte de R$ 93.000 e não conta com ar-condicionado dualzone, sensor de estacionamento e central multimídia com GPS de cinco polegadas, presentes no rival.
A briga com a Honda nas vendas está intensa, o Jeep vendeu mais nos últimos dois meses, mas o HR-V lidera no acumulado do ano. Com as alterações, o Renegade se tornará um concorrente ainda mais perigoso para 2017.
Com as atualizações, o Renegade 1.8L ganhou uma nova versão topo de linha. Chamada Limited tem como maiores diferenciais a pintura prata na grade dianteira, capas dos retrovisores externos e barras de teto. O teto é sempre pintado de preto, e as rodas de 18 polegadas têm pintura exclusiva.
Entre os itens de série estão bancos de couro, chave de presença Keyless Enter’n Go, tela de TFT de 7 polegadas, faróis de xenônio, sensores de faróis e de chuva, rebatimento elétrico dos retrovisores e espelho interno eletrocrômico.
As demais versões do Renegade também receberam atualizações nos pacotes de equipamentos. A Sport, por exemplo, agora conta com porta-óculos, barras longitudinais de teto, banco do passageiro rebatível e com porta-objetos sob o assento, central multimídia Uconnect 5” com tela de toque, GPS e câmera de ré (com motor 2.0 Diesel)
A Longitude, por sua vez recebeu porta-óculos e bancos de couro (na versão com motor 2.0 Diesel). Já a Trailhawk ganhou airbags laterais, de cortina e de joelhos para o motorista, além de faróis de xenônio, chave de presença Keyless Enter’n Go, bancos de couro e rebatimento elétrico dos retrovisores.
1.8 Flex MT5
R$ 72.990
Sport 1.8 Flex MT5
R$ 79.490
Sport 1.8 Flex AT6
R$ 85.990
Longitude 1.8 Flex AT6
R$ 90.990
Longitude (teto*) 1.8 Flex AT6
R$ 97.790
Limited 1.8 Flex AT6
R$ 97.990
Limited (teto*) 1.8 Flex AT6
R$ 104.790
Sport 2.0 Diesel AT9 4x4
R$ 115.990
Longitude 2.0 Diesel AT9 4x4
R$ 123.490
Trailhawk 2.0 Diesel AT9 4x4
R$ 136.990