Jeep expande rede de concessionárias para transformar

Marca tem 120 revendas até o momento e visa terminar ano com 200 unidades
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Lukas Kenji
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O plano é ousado e concreto. A Jeep não se contentará com nada menos do que a liderança do mercado de SUVs compactos para o Renegade ainda em 2015. O terreno para cumprir tal tarefa já está aprumado. A fábrica erguida em Goiana, Pernambuco, pode construir 250 mil unidades do modelo por ano. Já a missão de colocar esses carros nas ruas fica a cargo de uma rede de 120 concessionárias.

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Há três meses, haviam 45 lojas. Até o fim de 2015 a Jeep terá 200 revendas. O Brasil, aliás, foi o primeiro país a oferecer uma concessionária exclusiva da marca – no exterior, os modelos da Jeep são comercializados em locais que abrigam outras grifes da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), como Alfa Romeo e Dodge.

As revendas já abertas consumiram investimento de R$ 240 milhões. As cartas para reverter este valor e, mais que isso, gerar lucro, possuem apenas uma ilustração: Renegade. “O modelo chega para reinventar o segmento. Será o único a oferecer três tipos de transmissão e um motor 2.0 turbodiesel. Não podemos falar sobre volume, mas o objetivo é ser o líder entre os utilitários compactos”, projetou o diretor da Jeep para a América Latina, Sérgio Ferreira, que sabe que a consequência natural de seus planos é liderar também toda a categoria de SUVs no Brasil.

Desde quando foi lançado, em 2003, o reinado dos SUVs está sob comando do Ford EcoSport - no ano passado, o modelo emplacou 54.263 unidades. Para 2015, a estimativa do mercado é de que o líder emplaque quase a mesma quantidade. A Honda, inclusive, espera vender 50 mil unidades do HR-V, lançado esta semana. Portanto, a Jeep aguarda por resultados ainda mais agressivos.

Se os inscritos no site da marca interessados no Renegade realmente comprarem o veículo, uma boa parte do caminho já foi andado. Foram 20 mil assinaturas. Isso não é a mesma coisa do que pré-venda, uma vez que os interessados não fizeram nenhum investimento prévio, mas os números animam os executivos da Jeep.

Metade dos clientes do Renegade devem ser os atuais compradores de EcoSport e Renault Duster, de acordo com Ferreira. A outra metade consiste em consumidores de modelos de outras categorias, como sedãs médios. O executivo citou nominalmente, que há foco nos clientes de Toyota Corolla e Honda Civic.

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Ferreira não quis, entretanto, falar sobre os preços do modelo, cotado para custar entre R$ 68 mil e R$ 105 mil. Mas disse que os valores não devem ser muito influenciados pela instabilidade cambial. “Todas as montadoras estão inerentes a essa problemática, mas ela não deve nos afetar tanto em um primeiro momento porque 80% das peças utilizadas no carro são nacionais”, explicou.

Todo o burburinho feito em cima do Renegade deve beneficiar o restante da linha Jeep. A marca vendeu 3.300 carros em 2014. Para este ano, a expectativa é comercializar 5.000 unidades dos modelos Wrangler, Compass, Cherokee e Grand Cherokee, todos importados.

O Renegade chegará à toda rede de concessionárias Jeep no dia 10 de abril. Será disponibilizado nas versões Sport, Longitude e Trailhawk. Haverá duas opções de motores (1.8 E.TorQ Evo e 2.0 Turbodiesel MultiJet II) e três alternativas de câmbio (manual de cinco marchas e automático de seis e nove velocidades).

Todas as unidades serão fabricadas em Goiana, a fábrica mais moderna da FCA no mundo. Se até o momento ela produz somente o Renegade, até 2016 ela produzirá quatro modelos novos do grupo.

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