Guia de Compras: Peugeot 307 SW

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Fernando Garcia
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No cada vez mais restrito segmento das station wagons, ou popularmente das peruas, encontrar um modelo que reúna espaço, conforto, visibilidade e boa posição de dirigir é uma missão quase impossível. Neste caso, por que não pegar uma Peugeot 307 SW? Com a combinação do conforto de uma perua convencional e a altura de uma minivan, o modelo agrada pelo excelente espaço, graças aos seus 4,42 metros de comprimento e 1,75 metro de largura, 1,54 metro de altura, medidas próximas a de um monovolume.

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A 307 SW deu as caras por aqui em 2003. Importada da França em uma única versão e motor 2.0 16V de 138 cv, sua lista de equipamentos de série era farta oferecendo dois airbags, ar-condicionado digital, CD player, computador de bordo, check control, quatro freios a disco com ABS e distribuição eletrônica de frenagem EBD, sistema antiderrapagem ASR e rodas de alumínio 195/65 R15. Opcionalmente havia airbag lateral e de teto (dianteiro e traseiro), faróis de neblina, retrovisor interno eletrocromático, sensor de aproximação traseira, disqueteira para CD, sensor de chuva no limpador de para-brisa dianteiro e faróis com acendimento automático. Uma das características da SW era o enorme teto de vidro fixo isolado por uma cortina elétrica que quando aberta, possibilitava 1,33 metro de área envidraçada e também a fileira de bancos traseiros individuais e removíveis para um melhor aproveitamento de bagagens.

Um ano depois surgia a opção do câmbio automático auto-adaptativo de quatro marchas Tiptronic cujo sistema possibilitava também as trocas manuais. Em 2006 ganhava seis airbags e câmbio Tiptronic na lista de itens de série; na lista de equipamentos opcionais havia o ar-condicionado independente para motorista e passageiro e CD player integrado ao computador de bordo.  Junto a esta novidade, a linha era levemente reformulada ganhando nova grade e para-choque, e na motorização, passou a oferecer 143 cv.

A versão mais simples, Allure - que era comercializada exclusivamente por meio do site da montadora - só viria em 2007. De série vinha com todos os equipamentos da top - que ganhou o nome Féline - menos câmbio Tiptronic e sistema de som com CD e MP3 Player que eram opcionais.  Com o lançamento do 308 SW na França, no final de 2008, a 307 SW deixava de ser importada.

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DE OLHO NA COMPRA

Se você tem uma família grande, mas não tem muito dinheiro para investir em um carro maior, a 307 SW certamente poderá ajudar. Ela mistura o conforto de uma perua à versatilidade de uma minivan. O exemplo disso está na modularidade dos bancos. O banco traseiro é tripartido, em “assentos individuais” para os passageiros e podem ser distribuídos de acordo com a necessidade do usuário. Além disso, há a opção de deixar os bancos traseiros em casa permitindo uma amplitude de até 1.500 litros de volume.

Na hora da compra, todas elas têm boa procura no mercado de usados, segundo especialistas em seminovos, principalmente os modelos mais atuais com a grade dianteira maior, conhecida popularmente como bocão. Apenas fuja de cores menos tradicionais como o vermelho, o azul e o verde que costumam dar mais trabalho na hora da revenda e o principal: dê preferência aos que possuem o livreto de garantia devidamente carimbado com as revisões, mesmo que você precise pagar um pouco mais pelo modelo.

Por menos de R$ 23.000, você pode levar para casa uma 2002/2003 completinha com ar-condicionado, motor 2.0 16V de 138 cv, freios ABS e computador de bordo. Mas em contrapartida, o preço de suas peças é digno de carro importado. Um simples jogo de pastilhas dianteiro, por exemplo, custa R$ 382. Por isso é bom checar o estado deste componente.

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Outra peça que merece atenção é o para-choque frontal. Por se tratar de um carro baixo, não é difícil encontrar raspões de valetas e lombadas na peça deixando marcas até mesmo na placa de licença. Lembre-se que um novo custa mais de R$ 600. A suspensão também é alvo de constantes reclamações por conta da dureza e, principalmente, ruídos da mesma, consequência da fragilidade da mesma em relação ao piso brasileiro, pode ser de bucha da bandeja desgastada. Para isso, a substituição da peça (R$ 50 reais) poderá resolver o problema.

Verifique também o marcador de combustível. Ele costuma oscilar mesmo o ponteiro apontando ½ tanque e a solução, dependendo do caso, é trocar o refil da bomba de gasolina que pode estar queimado. Não custa lembrar que um novo na autorizada custa em torno de R$ 150 reais.

Outro problema crônico da linha 307 está na junta do cabeçote que apresenta queda constante do nível do líquido de arrefecimento devido ao vazamento pela junta do cabeçote. Os sintomas são superaquecimentos. Lembre-se de trocar a junta da vedação por outra de maior espessura que vai lhe custar, em média, R$ 100.

Quanto ao câmbio, foi reportado que alguns automáticos apresentam trancos e lentidão nas saídas. Dependendo do caso, é necessário fazer uma reprogramação na central eletrônica que controla o câmbio ou substituir um sensor e duas eletroválvulas que controlam a pressão do óleo. O serviço completo na autorizada custa R$ 900.

Por fim, atente para o recall deste modelo, pois nem todo mundo dá a devida atenção com as verificações e ou substituições das peças afetadas. Em novembro de 2009, por exemplo, a Peugeot convocou os modelos 307 SW anos 2007 e 2008 para uma atualização eletrônica do programa de gestão da iluminação externa. De acordo com a montadora, caso o software não for atualizado, pode provocar uma falha no acendimento dos faróis causando acidentes. Para saber se foi feito o serviço ligue para a Central de Atendimento Peugeot: 0800-703-2424. Boa compra!

OUTRA OPÇÃO DE USADO É: TOYOTA FIELDER

A Fielder é outra perua que não é mais fabricada, mas nem por isso deixa de ser um mau negócio. Muito pelo contrário, com boa imagem no mercado e peças mais em conta - em média custa até 100 reais a menos que a 307 SW - ela tem boa fluidez no mercado de usados. Segundo lojistas, é só anunciar que a venda sai na hora! Além disso, é econômica e tem motor mais esperto em retomadas e, de quebra, você leva para a casa a fama de inquebrável da marca Toyota. No seguro a Fielder também sai na frente custando R$ 2.523 contra R$ 3.739 da 307 SW para um homem de 33 anos, casado e morador em São Paulo.

Porém, quando o assunto é espaço interno, a perua francesa dá o troco oferendo excelentes 562 litros, ou 151 litros a mais que a Fielder, no porta-malas. Ainda há a versatilidade dos bancos traseiros individuais e removíveis que permitem o aumento no volume da capacidade máxima para 1.500 litros.

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