Guia de compras: Chevrolet Vectra Hatch

Tudo o que você precisa saber antes de compra o modelo da GM
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Fernando Garcia
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Que tal trocar aquele carro básico que já não está mais suprindo as suas necessidades e pular para um melhor, mas sem que isso prejudique tanto no orçamento? Porém para que o progresso valha a pena, ele precisa ser bem equipado, confortável, robusto e o melhor de tudo isso, barato. Sendo assim, o Vectra Hatch pode ser uma boa opção. 

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O modelo foi lançado no Brasil em setembro de 2007, já como linha 2008. Apesar do nome, o carro na essência é um Astra de terceira geração na Europa. Por aqui, chegou em duas versões: a de entrada GT e a top GT-X, que apesar da nomenclatura não tinha vocação esportiva, apesar do estilo.

 

Enquanto o Astra europeu oferecia um moderno motor Ecotec, que era mais econômico e com melhor desempenho, o nosso era equipado com o “repaginado” GM da Família II. A única justificativa para o hatch brasileiro não ser equipado com o motor do modelo vendido no continente europeu estaria diretamente no custo final.

 

Desta forma, para o Brasil estava disponível o motor 2.0 flexível de 128/121 cv – o mesmo que equipava a linha Astra e Zafira – e que era de série para as duas versões GT e GT-X. Na lista de equipamentos de série era oferecido alarme, airbag duplo, ar-condicionado digital, trio elétrico, rodas de 16 pol com pneus de medida 205/55, lâmpadas que imitam xenônio (Blue Vision) e navegador GPS, uma primazia ao modelo por ser o primeiro carro nacional a vir de série com o acessório. Na GT-X, agregava-se rodas de 17 pol com pneus 215/45, antena shark, freios ABS, sensor de chuva no para-brisa, CD player com MP3 e controle no volante, computador de bordo, piloto automático e retrovisores escamoteáveis eletricamente.

 

De opcional, as duas versões podiam receber câmbio automático de quatro marchas, mas piloto automático, ABS e sensor de chuva eram opcionais na GT. O curioso é que em nenhuma das versões, podia-se encontrar, nem mesmo como opcional, o teto solar ou airbags laterais, que estavam presentes até mesmo no antigo Astra. Mas na linha de acessórios originais havia a opção de incrementá-lo com faróis de neblina com lâmpada halógena Blue Vision, CD player com USB, SD Card e entrada para Ipod, protetor de soleira, alto-falantes Premium e sistema de rastreamento por radiofrequência etc.

 

Em março de 2009, menos de dois anos após o lançamento, a GM deu uma leve reestilização ao hatch incorporando a nova identidade da linha, como a grade dividida por um friso com o logo Chevrolet sem o aro em volta, para-choques e faróis redesenhados e rodas exclusivas. Batizada de Remix, a linha 2009 passou a ter faróis com máscara negra, faróis e lâmpadas Blue Vision de série. Na parte mecânica, o motor 2.0 ficou mais potente com 140/133 cv graças a alguns acertos mecânicos com a substituição de coletores de admissão e escapamento e comando de válvulas, exigidos para atender à fase L5 do Proconve. O torque, disponível a 2600 rpm, também aumentou para 19,7/18,9 kgfm, contra 19,6 a 2400/18,3 a 2600 rpm do anterior.

 

Internamente, os bancos e forros de porta receberam novos grafismos (em couro na GT-X), assim como o painel de instrumentos que recebeu um aviso luminoso para alertar o motorista quando o carro ultrapassa o limite de emissões de poluentes, estabelecido pela legislação do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Na lista de equipamentos, na GT-X a novidade ficava por conta do CD player com Bluetooth e microfone integrado; porém na GT, distribuição eletrônica de frenagem EBD, integrado ao ABS e sensor de chuva eram opcionais.

 

Para a linha 2011, a mudança ficou por conta das rodas de aro 17, computador de bordo e controles de áudio no volante também para o GT, mas poucos meses depois o modelo saía de linha deixando o segmento dos hatches médios para o Cruze Sport6. Com pouco tempo de mercado, o Vectra Hatch nunca conseguiu atingir mais do que a metade do volume de vendas do antecessor Astra.  

 

De olho na compra

 

Com pouco tempo que ficou no mercado, o Vectra Hatch pode ser uma opção interessante para quem está atrás de um carro bem equipado, confiável, de manutenção simples e que não se incomoda por ser um modelo fora de linha. Por menos de R$ 28.000, você adquire um modelo 2008 na versão mais “simples”, e já leva de brinde duplo airbag, ar-condicionado digital, além de um sistema de navegação portátil. Mas, por outro lado, peca no consumo, percorrendo em média 5,6 km/l no perímetro urbano e 8,7 km/l no rodoviário, abastecido com etanol. Em contrapartida, sobram elogios na questão do conforto único e dos bancos bem desenhados com acabamento em veludo ou couro.

 

Uma reclamação comum do modelo da GM que merece atenção redobrada é referente às trincas nos coxins do motor que mesmo nos modelos com quilometragem mais baixa. Os sintomas são constantes trepidações e trancos.  Por falar nisso, a embreagem também sofre do mesmo problema e é muito comum, mesmo em carros mais novos. Dependendo do caso, é necessário trocar todo o conjunto da embreagem, segundo mecânicos especializados.

 

Outro problema crônico - que foi inclusive pauta nas seções de serviço de revistas e sites especializados – está ligado ao sistema de ignição no qual acaba ocorrendo o travamento da chave no tambor. Ainda na parte interna, verifique barulhos dos acabamentos plásticos, muito comum no tampão e forros de porta, e aproveite também para checar o estado das borrachas de guarnição que costumam se descolar. Não se esqueça de ver se há infiltrações de água por entre estas borrachas. No caso do sistema de ar-condicionado digital automático algumas unidades apresentam defeitos de imprecisão na temperatura.

 

Olhe também o sistema de rádio e computador de bordo que costumam dar falha de leitura.  Nos vidros elétricos, teste todos os interruptores e acione o alarme para analisar o correto funcionamento. Há casos em que pode apresentar panes no sistema ocasionando a abertura involuntária das janelas. O problema, segundo técnicos da GM, estaria no atuador defeituoso. Outro motivo de queixa de seus proprietários está nos faróis de neblina, mais precisamente no módulo Multi Timer, responsável pela recepção do sinal vindo do comando, e que pode ocasionar o acendimento involuntário dos faróis e, por conseguinte, descarregamento da bateria. A solução é substituí-lo por um módulo novo que não custa menos de R$ 350 na concessionária.

 

Durante o test drive passe por ruas de pavimentação irregular ou de paralelepípedo para verificar a existência de ruídos metálicos externos que podem ser da caixa de direção. Foi reportado em algumas unidades ruídos neste componente proveniente das folgas no pino da caixa de direção. Para resolver o problema, só trocando a caixa completa que não sair por menos de R$ 2.500. Atente também aos ruídos na suspensão dianteira e nos freios. Boa compra!

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